Candidato formaliza denúncia contra Yeda apresentada em debate

Aroldo Medina (PRP) apresenta documentos que mostrariam fraude em licitação pública no Rio Grande do Sul

Rio de Janeiro – Como havia prometido no debate realizado na terça-feira (28), o candidato ao governo do Rio Grande do Sul Aroldo Medina (PRP) apresentou documentos que indicariam a existência de fraude em um processo de licitação na Brigada Militar. O candidato, que também é major da Brigada Militar, concedeu entrevista coletiva em frente ao Palácio Piratini. Segundo ele, a licitação para a execução de obras de uma nova rede lógica e de telefonia do Departamento de Logística e Patrimônio da BM foi vencida por uma empresa fantasma. As informações também foram disponibilizadas na internet.

Medina afirma que visitou o endereço apresentado pela empresa no contrato social, na cidade de Montenegro, região Metropolitana de Porto Alegre, e encontrou uma “tapera”. “A imprensa pode confirmar minhas denúncias porque fui até o local informado pela empresa no contrato social e havia uma tapera. A empresa foi nomeada para prestar serviços ao estado sem ter corpo físico”, afirmou a jornalistas, segundo o portal Terra.

O candidato lembrou que, em debate anterior havia solicitado à governadora Yeda Crusius (PSDB) que fosse realizada uma auditoria na Central de Licitações do Estado (Celic). “O que fiz foi uma investigação preliminar. Se houver uma auditoria, será constatado que empresas fantasmas estão vencendo licitações no Rio Grande do Sul”, disse.

No final da manhã, o coronel Carlos Hirsch, diretor do Departamento de Logística da BM, convocou uma coletiva para rebater as acusações. Ele afirmou que todo o trâmite legal foi cumprido e que a empresa está realizando a obra desde 22 de setembro. Hirsch disse ainda que Medina de fato o procurou para falar sobre o assunto, mas que não chegou a protocolar denúncia. “A denúncia é de que a empresa não existe, mas toda a vez em que a contatamos, ela foi localizada. A empresa tem um contrato, tem razão social e está realizando a obra”, sustentou, segundo o Zero Hora.

O proprietário da construtora acusada por Medina de ser fantasma, Werner Wagner, também se pronunciou depois da denúncia. “Nós alugamos uma sala de fundos e usamos também o pátio. O major (Medina), no dia que veio, não nos encontrou provavelmente porque viajamos muito”, disse.

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