Serra diz não ‘ter elementos’ para falar sobre ataques em São Paulo
Serra cercado por repórteres no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress) São Paulo – Durante caminhada pelo bairro da Liberdade, região central de São […]
Publicado 02/08/2010 - 18h08
Serra cercado por repórteres no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)
São Paulo – Durante caminhada pelo bairro da Liberdade, região central de São Paulo, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, driblou as questões sobre os ataques ocorridos no último final de semana no estado. Dois crimes foram atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Serra afirmou não ter elementos para falar a respeito, e que o atual governador, Alberto Goldman, já havia se pronunciado.
Os ataques contra agentes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) ocorreram nas zonas norte e central da capital paulista. A primeira suspeita é de que se trata de uma ação articulada do crime organizado no estado. Goldman, que sucede Serra no Palácio dos Bandeirantes, rechaçou a hipótese.
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Serra aproveitou a pergunta para discursar sobre dados da segurança no estado. Apesar dos ataques, ele pregou que há avanços na situação geral. “Os dados recentes mostram a continuidade da melhora que começou na administração do (Mario) Covas, e atualmente apresentam taxa inferior a 10 (homicídios por cem mil habitantes)”, disse a jornalistas. Ele vê uma tendência decrescente no crime em São Paulo.
Sem o vice Indio da Costa (DEM), Serra estava acompanhado de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao governo do estado, Orestes Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes (PSDB), postulantes ao Senado. Outros concorrentes a vagas de deputado federal e estadual também participaram da movimentação.
Na caminhada, enquanto Alckmin e outros candidatos cumprimentavam os comerciantes, José Serra demorou a chegar no local. Entre uma fuga e outra dos repórteres, já que havia um número maior de jornalistas do que de populares, o candidato entrou em lojas de produtos orientais e conversou com algumas pessoas que por ali passavam.