Homenagem ao Dia da Mulher reúne pela primeira vez duas pré-candidatas à Presidência

As pré-candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) trocaram abraços pelo dia internacional da mulher (Foto: Antônio Cruz/ABr) Brasília – Pela primeira vez na história do Brasil, uma cerimônia […]

As pré-candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) trocaram abraços pelo dia internacional da mulher (Foto: Antônio Cruz/ABr)

Brasília – Pela primeira vez na história do Brasil, uma cerimônia em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta segunda-feira (8), reuniu duas pré-candidatas à Presidência da República. A sessão solene realizada hoje (9) pelo Congresso Nacional para lembrar a data teve a participação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e da senadora Marina Silva (PV-AC), além de outras autoridades do Executivo, senadores, deputados e homenageadas.

O distanciamento político e físico – Dilma Rousseff ocupou uma cadeira na mesa e Marina Silva uma poltrona na penúltima fila do plenário – não impediu que, ao deixar o Senado, a ministra trocasse um abraço com a senadora, ex-militante de partido e da equipe ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Foi uma cordialidade. Da mesma forma que abracei o governador José Serra [possível candidato do PSDB] na semana passada. Sou amiga de ambos e, na política, temos que aprender que não existem inimigos, mas adversários”, afirmou Marina Silva.

À Agência Brasil, a senadora ressaltou que a presença de duas mulheres nas eleição presidencial deste ano representa o “amadurecimento da democracia e do processo de conquistas nos últimos 100 anos”. A senadora e pré-candidata pelo PV destacou que as mulheres, até o fim do século 19, “eram tuteladas” e, ao longo dos últimos 100 anos, souberam conquistar seus espaços na sociedade brasileira.

Marina Silva disse ainda que em nenhum momento se sentiu “excluída” na cerimônia por não ter recebido o buquê de flores reservado pelo Senado às convidadas e a senadoras ou por ter que se sentar no fundo do plenário quando, no dia a dia, ocupa a primeira fila. Segundo ela, houve um atraso no seu voo de São Paulo para Brasília, o que fez com que chegasse atrasada ao Senado e encontrasse o plenário cheio.

A parlamentar reconheceu, no entanto, que por ser “uma Casa política” é natural que “há um recorte político” por parte dos dirigentes da Mesa Diretora. “No entanto, o que vale para mim é a homenagem à mulher que se realiza aqui”, acrescentou.

Em seu discurso, a ministra Dilma Rousseff adotou praticamente o mesmo tom da senadora, ao destacar o processo histórico de lutas das mulheres brasileiras. Ela destacou a participação feminina em momentos decisivos do país como as campanhas “Petróleo é Nosso” e contra o nazifascismo, e, recentemente, a luta contra a ditadura militar, a anistia política e a campanha Diretas Já.

Dilma Rousseff destacou a sensibilidade e praticidade das mulheres que “não se curvam à dor e não temem sacrifícios”, especialmente na política. Apesar dos avanços conquistados, a ministra disse que a participação feminina no processo político brasileiro tem que aumentar.

Fonte: Agência Brasil

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