Conflito

Após ataque dos EUA à Síria, Putin pede reunião extraordinária da ONU

'A atual escalada em torno da Síria afeta de modo destrutivo todo o sistema de relações internacionais', disse presidente da Rússia

Foto Kremlin

Segundo Putin, a história “colocou sobre Washington a responsabilidade pela repressão sangrenta na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia”

São Paulo – O presidente da Rússia Vladimir Putin fez, neste sábado (14), uma declaração após o ataque de mísseis contra a Síria feito pela coalizão internacional liderada pelos EUA.

“A atual escalada em torno da Síria afeta de modo destrutivo todo o sistema de relações internacionais. A história vai decidir tudo, ela já colocou sobre Washington a responsabilidade pela repressão sangrenta na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia”, disse Putin, segundo o site Sputnik Brasil, em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do governo russo.

Putin ressaltou ainda que o ataque foi feito sem o aval da Organização das Nações Unidas (ONU). “Sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, violando a Carta da ONU e as normas e os princípios do direito internacional, foi realizado um ato de agressão contra um país soberano que está na vanguarda da luta antiterrorista.”

Antes do comunicado de Putin, a Rússia acusou os Estados Unidos de “pisotearem” o Direito Internacional por conta do ataque realizado contra a Síria e qualificou como “vergonhosas” as justificativas legais utilizadas. Os Estados Unidos, por seu lado, responderam que estão “preparados para disparar” de novo se o governo sírio voltar a usar armas químicas.

“Você estão pisoteando a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional”, afirmou o embaixador russo na ONU Vasili Nebenzia, ao se dirigir aos colegas de outros países envolvidos no ataque durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. “É vergonhoso que para executar uma agressão (a outro país) se invoque um artigo da Constituição dos Estados Unidos, disse o diplomata russo.

Nebenzia se referiu a declarações do secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, que pouco depois do ataque utilizou como base legal a necessidade de proteger os interesses dos EUA e cumprir o artigo 2º de sua Constituição.

Ontem (13), o chefe do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrova, afirmou que o país possui provas “irrefutáveis” de que o ataque químico na cidade síria de Douma nunca existiu, sendo uma encenação organizada inclusive por serviços secretos estrangeiros.

Com informações de Sputnik Brasil e El Diario

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