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Catalunha tem dia de greve e protestos contra violência policial

A favor da independência da região, cerca de 300 mil pessoas foram às ruas para protestar contra a truculência do governo da Espanha, no último domingo (1º)

PROBoaz Guttman/FLICKR CC

Durante a manhã, um total de 24 manifestações fecharam o tráfego em várias vias da Catalunha

São Paulo – Nesta terça-feira (3), a Catalunha amanheceu novamente em dia de luta a favor da independência da região espanhola. Com greve geral e diversas manifestações, cerca de 300 mil pessoas foram às ruas para protestar contra a violência policial no último domingo (1º), que tentou barrar o referendo separatista.

Durante a manhã, um total de 24 manifestações fechou o tráfego em várias vias da Catalunha, provocando retenções, em alguns casos, de mais de 10 quilômetros, segundo o Serviço Catalão de Transporte. 

Os policiais também foram alvos do protesto. Com gritos de “fora forças de ocupação” – em referência aos 10 mil agentes da Guarda Civil e da Polícia Nacional deslocados à região –, eles foram forçados a deixar os hotéis em que estavam hospedados.

O presidente catalão, Carles Puigdemont, exigiu a remoção dos policias deslocados para a região. O Ministério Público abriu processo para investigar as possíveis coações, ameaças e delitos de ódio contra os agentes. Por outro lado, o governo informou que criará uma comissão especial de investigação das violações dos direitos fundamentais que ocorreram na Catalunha no domingo – nas quais cerca de 900 pessoas ficaram feridas.

Com a greve, as estações de metrô de Barcelona ficaram desertas. O porto da cidade, terceiro maior da Espanha, e o principal mercado atacadista de alimentos da cidade estavam quase paralisados.

No último dia 1º, o governo da Catalunha realizou um referendo separatista, na qual participaram da consulta cerca de 2,2 milhões de pessoas. A votação foi considerada ilegal pelo Tribunal Constitucional. Durante o dia, foram registradas ações violentas da polícia e despejos de colégios eleitorais por ordem judicial para evitar a votação.

*Com informações da Agência Brasil

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