Temporada de caça às bruxas na família Alckmin?

Primeiro foi Paulo César Ribeiro, cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele foi acusado pelo Ministério Público de tráfico de influência, fraudes em licitações e contratos. Tudo […]

Primeiro foi Paulo César Ribeiro, cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele foi acusado pelo Ministério Público de tráfico de influência, fraudes em licitações e contratos. Tudo seria, segundo os promotores, para favorecer um cartel de merenda escolar em uma articulação que chega até o prefeito de Pindamonhangaba (SP), João Ribeiro (PPS). A cidade é o berço político de Alckmin. Os desvios seriam para  angariar recursos de financiamento (ilegal) para campanhas eleitorais.

Agora, em meio a denúncias sobre um esquema de falsificação de recolhimento da outorga onerosa iniciada nos anos 1990 – ainda na gestão de Paulo Maluf (PP) – hoje deputado federal – as suspeitas resvalam na família de Alckmin. O prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 50 milhões.

Adhemar Cesar Ribeiro, irmão de Lú Alckmin, esposa do governador tucano, ganhou menção nas páginas do noticiário paulista. Ele é sócio de uma das empresas citadas na investigação da Corregedoria Municipal de São Paulo a respeito de fraudes no recolhimento de taxa cobrada para autorizar a construção de prédios altos (a outorga onerosa).

A Wall Street Empreendimentos e Participações Ltda. teria envolvimento em fraude de R$ 4 milhões contra os cofres públicos da capital paulista, de acordo com reportagem publicada nesta terça-feira (30) pela Folha de S. Paulo.

Segundo a prefeitura, a empresa teria falsificado documentos para pagar um valor menor de outorga onerosa do edifício Royal Street, na avenida Brigadeiro Faria Lima, área nobre da zona oeste paulistana.

Ainda de acordo com o jornal, foi de 1994 a 1999 que a licença da obra passou pela prefeitura. Além do cunhado de Alckmin, integram a sociedade da Wall Street, Maria Paula Abreu Cesar Ribeiro (mulher de Adhemar) e Othon Cesar Ribeiro – o jornal não informa se há grau de parentesco, apesar dos sobrenomes comuns.

Em 2000, sob a gestão de Marta Suplicy, a prefeitura chegou a notificar a Polícia Civil sobre indícios de fraude, mas as investigações não avançaram. Em 2001, a própria prefeitura arquivou o caso.

* Helena Sthephanowitz™ é jornalista e autora do blog Os Amigos do Presidente Lulae do Os Amigos do Brasil. Ela escreve no Na Rede, da Rede Brasil Atual.

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