O jornalismo delinquente do Estadão

O jornal O Estado de S. Paulo da sexta-feira, 12 de março, dá uma aula de jornalismo da pior espécie. Fausto Macedo, talvez de tanto cobrir polícia e bandido tenha […]

O jornal O Estado de S. Paulo da sexta-feira, 12 de março, dá uma aula de jornalismo da pior espécie. Fausto Macedo, talvez de tanto cobrir polícia e bandido tenha se especializado em trocar papéis.

Qual foi o fato? A justiça de São Paulo negou o bloqueio das contas bancárias da Bancoop, negou também a quebra de sigilo bancário de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, e negou a realização de uma oitiva com Vaccari, por considerar que poderia haver uso político das decisões.

Para a quebra de sigilo, o juiz pediu mais explicações ao promotor, principalmente por que só agora, depois de três anos, o promotor faz esses pedidos. Por último, o juiz autorizou a liberação por parte do Bradesco de documentos referentes de um crédito especial (FDIV), que é auditado permanentemente pela Comissão de Valores Mobiliários. Como se vê, o juiz foi sensato e negou praticamente os principais pedidos do promotor e que deram todo o sensacionalismo à revista Veja e outros jornais. Assim, foi um duro revés ao promotor e ganhos importantes para a Bancoop.

E o que faz Fausto Macedo e o Estadão? Veja a manchete na página A11 “Justiça autoriza devassa em fundo da Bancoop”. No dicionário, devassa é instauração de inquérito policial, mas em tempos de propaganda de cerveja com loira insinuante, devassa assume outros significados. O tratamento dado pelo jornal é delinqüente.

A notícia comportaria várias manchetes, sempre na linha de que o juiz negou os pedidos do promotor. E quem sabe o que é um fundo FIDC, certamente não apostaria ficha alguma de que ali possa ocorrer devassa ou crime. O leitor do Estadão engoliu mais uma vez uma enorme mentira com cunho eleitoreiro para atacar o Partido dos Trabalhadores.