Zelaya nega possibilidade de ir aos Estados Unidos negociar

Presidente conclama rebelião de militares contra cúpula militar que há quase um mês realizou golpe de Estado

(Foto: Divulgação)

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou ter negado o convite para encontrar-se com a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton. O encontro, que deveria ocorrer nesta terça-feira (28) em Washington, poderia marcar o respaldo estadunidense ao político.

Zelaya, que continua acampando na fronteira entre seu país e a Nicarágua, argumentou que “não posso deixar aqui a gente que está vindo de Honduras”. Ao mesmo tempo, ele pediu que os Estados Unidos denunciem “a repressão, a violação de direitos humanos, da liberdade de imprensa, todas as perseguições” que estão ocorrendo no país.

 No domingo (26), Zelaya pediu que os soldados e oficiais de alto escalão das Forças Armadas rebelem-se contra a cúpula militar. “Como comandante-geral das Forças Armadas peço aos militares patriotas que pensem em seus filhos, que pensem em sua família, que se rebelem contra Romeo Vásquez”, afirmou, referindo-se ao chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Honduras.

As declarações são emitidas no mesmo momento em que os militares mostram-se favoráveis ao acordo entre golpistas e depostos proposto pela Costa Rica. Romeo Vasquez declarou que apoiará uma solução negociada para a crise, mas nunca com a restituição de Zelaya.

Com informações da Reuters e da Agência Bolivariana de Notícias.

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