Líder indígena da Amazônia peruana pede asilo à Nicarágua

Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana nega que Alberto Pizango tenha fugido para a Bolívia

Os indígenas de Bagua acusam que o número de mortos passa de 100. Dois voluntários belgas dizem ter visto policiais escondendo corpos (Foto: Catapa)

O presidente da Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), Alberto Pizango, está foragido desde que a Justiça decretou a prisão dele como o responsável pelos distúrbios que provocaram dezenas de mortes na região amazônica. De acordo com o primeiro-ministro Yehude Simon, o líder já conta com a autorização da Nicarágua.

A vice-presidente da associação, Daysie Zapata, informou que Pizango está em Lima e brevemente fará declarações. Ela informou que o colega preferiu sair de foco porque corria risco de morrer. A entidade acusa que o governo de Alan García é o culpado por iniciar a repressão que resultou na morte de ao menos 40 indígenas e 23 integrantes de forças de segurança desde sexta-feira (5). A confusão foi desencadeada quando policiais tentaram desbloquear uma rodovia ocupada há dez dias por manifestantes que protestam contra decretos assinados pelo presidente. Os indígenas consideram que as leis representam uma privatização de recursos naturais como hidrocarbonetos, fundamentais para a economia do país.

Desde então, protestos ocorreram em várias cidades da região amazônica e em Lima. Duas emissoras de rádio que cobriram os fatos foram fechadas e uma terceira diz ser ameaçada pelo governo.

Com informações de agências internacionais.

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