Rio de Janeiro e Madri disputam sede da Olimpíada de 2016

(Foto: Pedro Kirilos/Divulgação) Copenhague/Rio – Rio de Janeiro e Madri são as cidades finalistas na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, após duas rodadas de votações por integrantes […]

(Foto: Pedro Kirilos/Divulgação)

Copenhague/Rio – Rio de Janeiro e Madri são as cidades finalistas na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, após duas rodadas de votações por integrantes do Comitê Olímpico Internacional.

Chicago, até então apontada como uma das favoritas na disputa, foi eliminada na primeira rodada, apesar do forte lobby promovido pela cidade norte-americana, que contou inclusive com a presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da primeira-dama Michelle.

Na segunda rodada foi a vez de Tóquio ficar fora da disputa após uma apresentação que prometia uma Olimpíada com foco no respeito ao meio-ambiente.

Na praia de Copacabana, no Rio, milhares de pessoas acompanham a votação do COI, realizada em Copenhague, capital da Dinamarca.

No palco e em frente aos telões montados para que a população acompanhe a escolha, os cariocas aguardam o anúncio da cidade vencedora, vestindo verde e amarelo e acenando bandeiras e cartazes em apoio à candidatura do Rio.

“Acho que a nossa vitória se aproxima. Estou muito confiante nisso. Agora é uma hora de corrente e pensamento positivo”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em um hotel em Copacabana, onde autoridades estão reunidas à espera do anúncio oficial do resultado.

“Tenho certeza que o Rio vai fechar com chave de ouro. Acho que o Rio tem vocação para capital do mundo.”

A ministra, pré-candidata à sucessão presidencial pelo PT, destacou o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha carioca.

“O fator do Lula sempre existe, para o que der e vier”, afirmou.

Decepção em Chicago

Soluços e lágrimas foram a reação ao anúncio de que Chicago perdeu a campanha para sediar a Olimpíada de 2016.

A cidade chegou a ser uma das favoritas nas apostas bilionárias de vários sites na véspera da votação do COI em Copenhague.

“Ah, que decepção”, disse Judy Weniger, 63, um visitante da Pensilvânia. “Ninguém esperava que isso acontecesse. Dá vontade de chorar”.

Chicago mandou uma enorme delegação à Dinamarca que incluiu ex-atletas olímpicos, líderes empresariais e políticos para apoiar a campanha norte-americana.

A multidão reunida em uma grande praça no centro de Chicago, com pessoas ostentando camisetas e cartazes temáticos, foi tomada pela consternação diante do anúncio.

“Agora os idosos da cidade podem voltar para casa e se dedicar a resolver os grandes problemas que temos em Chicago”, disse a aposentada Judy Brady, de 64 anos.

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro e da redação de Chicago)