Governo considera criar Pronasci para Olimpíada, diz Tarso

Rio de Janeiro – O governo federal pode criar um Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) especial para a Olimpíada de 2016 com o objetivo de garantir a realização […]

Rio de Janeiro – O governo federal pode criar um Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) especial para a Olimpíada de 2016 com o objetivo de garantir a realização pacífica dos Jogos no Rio de Janeiro, disse nesta quinta-feira o ministro da Justiça, Tarso Genro.

O ministro, no entanto, não informou qual seria o valor do investimento em segurança na cidade, que nos últimos dias viveu uma grave onda de violência que despertou preocupações internacionais quanto a realização da Olimpíada.

“Se não ganharmos a batalha do Rio vai ser muito difícil mudar o paradigma da segurança no país. O Rio tem simbolismo e a Olimpíada impõe uma exigência”, avaliou.

“Serão volumes aplicados e fiscalizados pelo governo federal, estadual e municipal, além da sociedade, para fazer um Pronasci especial destinado às Olimpíadas”, afirmou Genro a jornalistas durante visita à cidade.

O Pronasci foi lançado pelo governo federal em 2007 e tem como objetivo auxiliar os Estados na qualificação e capacitação das forças policiais.

Segundo Genro, nos próximos dez dias equipes do ministério e do governo estadual vão desenhar os marcos legais para a contribuição do governo federal com o Rio. O ministro desatacou que é preciso fazer um planejamento operacional e financeiro para os próximos anos até os Jogos de 2016.

“Faremos com os recursos que forem necessários. Não vamos traçar um limite agora. O Rio de Janeiro é uma prioridade para nós. O marco da Olimpíada é um marco temporal muito importante para resenhar a segurança pública no país”, acrescentou.

Genro analisou que a segurança para os Jogos Panamericanos de 2007 no Rio foi um sucesso, mas o legado para a cidade foi muito pequeno.

“A questão é como desenvolver um projeto até a Olimpíada que se torne um legado estável para a segurança pública do Rio”, disse ele.

“No Panamericano, houve um esforço das autoridades, mas depois que aquela força foi retirada o ritmo da criminalidade permaneceu praticamente o mesmo.”

O ministro avaliou que o Rio de Janeiro precisa ampliar para ao menos 50 favelas o programa do governo estadual de Unidades Pacificadoras de Policiamento (UPP). Atualmente, as UPPs estão em apenas cinco das mais de mil comunidades carentes da cidade.

Genro, que será candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2010 pelo PT, disse que negocia com o presidente Lula a saída do ministério no fim deste ano.

“Estou negociando com o presidente para o fim do ano,” afirmou o ministro, que tem prazo até abril para se descompatibilizar. “Acho bom para a transição os meses de janeiro e fevereiro que são meses mortos politicamente.

Fonte: Reuters