Copa 2018

Brasil x Paraguai: seleção tem vantagem histórica, mas últimos jogos foram duros

Nos quatro encontros recentes entre as duas equipes houve quatro empates, com duas eliminações brasileiras nos pênaltis em edições da Copa América

Rafael Ribeiro/CBF

No último duelo entre Brasil e Paraguai, empate em 2 a 2 e uma partida muito disputada

São Paulo – Que a seleção brasileira entra como favorita no confronto contra o Paraguai, às 21h45 desta terça-feira (28), na Arena Corinthians, em São Paulo, ninguém duvida. Afinal, a equipe vive um ótimo momento, com sete vitórias seguidas nas eliminatórias sul-americanas, e lidera a sete pontos de distância do segundo colocado. O time comandado pelo “técnico-ídolo” Tite ainda tem pela frente um adversário que está apenas em sétimo lugar na classificação, com 18 pontos. Mas a história recente mostra que os paraguaios crescem quando enfrentam os verde-amarelos.

A vantagem histórica do Brasil diante do adversário desta terça é monumental. No total, são 77 confrontos, com 46 vitórias brasileiras contra 11 paraguaias e 20 empates. Mas o detalhe é que a seleção canarinha não sabe o que é superar os alvirrubros desde 2009. Desde o triunfo válido pelas eliminatórias da Copa de 2010, quando a equipe comandada por Dunga bateu o time do treinador argentino Geraldo Martino por 2 a 1 (Robinho, Nilmar e Cabañas marcaram), foram quatro partidas e quatro empates. Com duas eliminações da seleção pentacampeã do mundo nos pênaltis.

O primeiro jogo dessa série aconteceu na Copa América de 2011, na fase de grupos. Na ocasião, a seleção dirigida por Mano Menezes abriu o placar com gol de Jádson, aos 38 da etapa inicial, mas sofreu a virada no segundo tempo. Roque Santa Cruz anotou aos 9 e Haedo Valdez fez o segundo aos 21. Os paraguaios passaram a dominar o jogo e a torcida chegou a gritar “olé” para uma equipe brasileira que não conseguia criar oportunidades. Até que o atacante Fred conseguiu empatar a peleja aos 44.

Com três empates, os paraguaios passaram na repescagem para a fase seguinte, na terceira posição do grupo, atrás de Brasil e Venezuela. E cruzaram com os comandados de Mano Menezes novamente. Dessa vez, os brasileiros dominaram, mas não conseguiram converter nenhuma das chances criadas, e a partida terminou no 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Na disputa dos pênaltis, um vexame. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred desperdiçaram suas cobranças e os vizinhos precisaram de apenas dois gols, um de Barreto e outro de Estigarribia, para se classificar às semifinais do torneio.

Os dois times iriam se encontrar mais uma vez em outra edição de Copa América, desta vez a de 2015, nas quartas de final do torneio. Sem poder contar com Neymar, que havia sido suspenso após expulsão contra a Colômbia, o time de Dunga saiu na frente com Robinho, aos 14 minutos de partida, e não sofreu muito na primeira etapa. O cenário mudou no tempo final, quando os paraguaios passaram a pressionar e Thiago Silva cometeu um pênalti infantil ao tocar a mão na bola em um lance pelo alto. Derlis González não desperdiçou e anotou aos 25. Douglas Costa e Éverton Ribeiro perderam suas cobranças e a seleção voltou pra casa mais cedo.

O último duelo foi na primeira fase das eliminatórias para a Copa de 2018. O Brasil fazia sua última partida antes de ficar cinco meses sem atuar na competição, tendo a edição extra da Copa América e os Jogos Olímpicos no período. No Defensores del Chaco, em Assunção, a seleção canarinho se livrou da derrota somente aos 46 da etapa final, quando Daniel Alves empatou uma partida que parecia perdida. Novamente sem Neymar, suspenso, o time de Dunga sofreu um gol aos 40, de Lezcano, e outro de Benítez, aos 3 do segundo tempo. O Brasil só conseguiu diminuir aos 33, com Ricardo Oliveira. O resultado deixava a equipe fora da zona de classificação e a eliminação diante do Peru na edição extra da Copa América acabou derrubando o treinador.