CBF e autoridades paulistas sequer avaliaram opções para jogos da Copa de 2014 em São Paulo

Sem solução, definição sobre qual estádio receberia investimentos para receber jogos da Copa fica para próximas semanas

Indecisão fica por conta do Morumbi, Pacaembu, Piritubão ou Palestra (Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress)

São Paulo – Terminou sem qualquer resultado prático a reunião entre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, que buscava alternativas para que São Paulo possa sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.

Ao fim de quase três horas de conversa, Goldman e Teixeira se limitaram a adiar a solução do impasse. “Nas próximas semanas nós iremos nos empenhar para viabilizar a abertura da Copa em São Paulo, já que a questão de a cidade ser uma das sedes do evento está definida”, afirmou o governador. “Nas próximas semanas, conseguiremos uma solução para que isso ocorra, como é do desejo do Comitê Organizador Local (COL) da Fifa (Federação Internacional de Futebol), do governador e do prefeito de São Paulo”, arrematou Teixeira.

Durante a coletiva de imprensa, que durou menos de cinco minutos, Teixeira e Goldman afirmaram que não chegaram sequer a discutir as três alternativas existentes até o momento: a construção de um estádio multiuso de R$ 1 bilhão no bairro de Pirituba (zona oeste da capital); a reforma do Estádio Municipal do Pacaembu ou a adequação do Morumbi, cujo projeto original de reforma foi rejeitado pela CBF na segunda quinzena de junho.

Ao explicar porque as opções já existentes não foram discutidas, Goldman deixou no ar a possibilidade de surgir outras alternativas. “Não colocamos as opções (já existentes) porque todas as alternativas que possam vir a existir serão estudadas e nós temos um certo tempo para isso”.

Em sua única fala, Kassab voltou a garantir que a prefeitura não irá disponibilizar recursos públicos na construção de estádios. Posição reforçada pelo governador. “Há, sim, dinheiro público para fazer toda a infraestrutura e tudo mais que for necessário, desde que isso venha a ser utilizado permanentemente pela população e não para algo eventual”.

Considerada frustrante pelos jornalistas, o tom da entrevista foi dado pelo próprio prefeito, que ironizou a quantidade de repórteres e câmeras que aguardavam pelo fim da reunião na Sala dos Despachos do Palácio dos Bandeirantes. “Eu nunca vi nada igual aqui. Será que é o futuro da humanidade que estamos decidindo aqui?”