Toca de tudo

Sem comida, mas com muito sabor musical

Colibri Vitta, produtor do programa 'Hora do Rango', da Rádio Brasil Atual, ganha prêmio da APCA. 'A diversidade musical brasileira é absurda', exalta

Osvaldo Luis Colibri Vitta recebeu prêmio de melhor produtor musical de 2017 pela APCA, por seu trabalho no programa Hora do Rango, que mostra a diversidade musical brasileira <span>(RBA)</span>Entre os mais jovens e mais talentosos novos nomes da música brasileira, Filipe Catto marcou presença no 'Hora do Rango' <span></span>Colibri com Raquel Virgínia, Assucena Assucena e Rafael Acerbi, que formam o grupo As Bahias e a Cozinha Mineira <span></span>Chico César e Colibri <span></span>Di Melo, representando a soul music brasileira  <span></span>Nos estúdios da Rádio Brasil Atual, Colibri com Ava Rocha, cantora, compositora e cineasta <span></span>Ícone da música popular produzida no Brasil, Odair José <span></span>Com Jerry Adriani, numa das últimas aparições do cantor e compositor <span></span>

São Paulo – No “velho e bom” estilo de música ao vivo, Hora do Rango, da Rádio Brasil Atual, é um programa que toca e deixa tocar, refletindo a variedade cultural do país. “A diversidade musical brasileira é absurda, e isso as rádios não tocam, é monocultura musical”, diz o apresentador, Oswaldo Luiz Colibri Vitta, que acaba de ganhar o aguardado prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como produtor musical. A entrega será em 2018.

Colibri define Hora do Rango como um “programa transparente e que incentiva a cultura brasileira”. Não tem muito segredo: é deixar os convidados à vontade, para falar e cantar. “Você vê pelo olhar dos músicos que vêm aqui.” E vai gente de todos os estilos, de Odair José a Filipe Catto, de As Bahias e a Cozinha Mineira a Zé Geraldo, passando por gente como Mônica Salmaso, Renato Braz, Fabiana Cozza. Alguns certamente menos divulgados pela mídia comercial, mas com trabalho para mostrar – e o ouvinte pode ouvir o disco inteiro.

Foi ali, por exemplo, que Jerry Adriani deu a sua última entrevista (ele morreu em abril). Chico César tocou no estúdio em primeira mão a música que fez em homenagem aos estudantes secundaristas, Mano Brown lançou disco e o jornalista Jotabê Medeiros antecipou trechos de sua biografia sobre Belchior, lançada neste ano. O programa completou 300 edições em setembro e, segundo Colibri, tem tido cada vez mais participação dos ouvintes, via WhatsApp ou pelo Facebook (confira abaixo como participar).

O produtor conta que sempre gostou de programas nesse horário e cita Almoço com as Estrelas, que durante duas décadas fez história na extinta TV Tupi. É verdade que, apesar do nome, não tem comida – no máximo um pão de queijo –, mas o cardápio é farto em música e cultura. E como o trabalho é coletivo, ele destaca o time: Emerson Ramos (locução), Guilherme Lopes e Michel Lopes (operação de áudio) e Nelson Calura (coordenação).

Parte das gravações de Hora do Rango acaba entrando durante a programação da RBA. E o programa já deu “filhotes”, como um dedicado exclusivamente ao rap. Para Colibri, é uma demonstração de que sempre existe espaço para tocar boa música. E sem o famoso “jabá”, expediente comum em muitas emissoras. “A qualidade é o que vale”, diz, já se preparando para receber o convidado desta sexta-feira (15), o cantor Pingo de Fortaleza. 

 

Hora do Rango
De segunda a sexta, das 12h às 14h, com reprises no fim de semana
Rádio Brasil Atual (98,9  FM)
Participação do ouvinte via WhatsApp: 11 96893-7672
www.facebook.com/radiobrasilatual
https://soundcloud.com/redebrasilatual/sets/hora-do-rango

 

 

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