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Audiência pública debate fechamento de espaços culturais por Alckmin

Fechamento da oficina cultural Pagu, na cadeia velha de Santos, é o mais recente ataque do governo contra ações culturais

Governo SP

Cadeia Velha de Santos é um monumento histórico que há décadas vem sendo utilizado como espaço cultural

São Paulo – O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira e o vereador santista Chico Nogueira, ambos do PT, vão coordenar hoje (10), a partir das 19h, audiência pública para debater a recuperação das oficinas culturais que estão sendo fechadas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), em especial as que eram realizadas na Cadeia Velha de Santos. A audiência vai ocorrer no teatro Guarany, na Praça dos Andradas, centro da cidade praiana.

O local foi reformado recentemente, mas a Oficina Cultural Pagu, que era realizada no local, foi desativada. Em seu lugar, o prédio vai receber o setor administrativo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e as aulas de musicalização do projeto Guri, que eram realizadas na zona noroeste da cidade, a mais pobre de Santos. 

Segundo o deputado, a ação deve reunir ativistas culturais de nove cidades da Baixada Santista, que tinham no espaço cultural um ponto de encontro e troca de saberes. “Em nome do ajuste fiscal, o governo Alckmin está atacando as atividades culturais em várias regiões do estado. Não é só a Cadeia Velha. Em São João da Boa Vista, o ponto de cultura que atendia várias cidades da região foi fechado. Outras atividades estão sendo sucateadas”, afirmou.

“É um local histórico de ação cultural. Queremos sua reabertura imediata”, completou Teixeira. A Cadeia Velha é palco de atividades culturais há quase 30 anos. O prédio foi fechado em 2013 para realização de reforma estrutural. Após gasto de R$ 11 milhões e várias promessas de retomada das oficinas, a Secretaria de Estado da Cultura decidiu fechar as atividades e alocar a Agem e o projeto Guri.

O orçamento cultural da Cadeia Velha também vinha sendo reduzido. De cerca de R$ 120 mil por mês, até 2013, caiu para R$ 5 mil no ano passado. Cogitada como caminho para evitar o fechamento do espaço, a prefeitura de Santos alegou que não tem condições de assumir o espaço.

Neste ano, o governo Alckmin acabou com Banda Sinfônica de São Paulo, demitindo os 65 músicos da orquestra. No ano passado, trabalhadores culturais da capital paulista fizeram manifestações e greves contra cortes no orçamento das Fábricas de Cultura, que reduziram salários, atividades e o atendimento de crianças e adolescentes. 

 

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