Cercado de polêmica, ‘Lula – O Filho do Brasil’ chega às telas de todo país
(Foto: Divulgação) Depois de muita polêmica, chega aos cinemas do país nesta sexta-feira (1º) “Lula – O Filho do Brasil”, de Fábio Barreto. Mais por motivos políticos do que cinematográficos, […]
Publicado 30/12/2009 - 15h36
Depois de muita polêmica, chega aos cinemas do país nesta sexta-feira (1º) “Lula – O Filho do Brasil”, de Fábio Barreto. Mais por motivos políticos do que cinematográficos, a produção recebeu muito mais atenção do que outras produções nacionais. A cinebiografia do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva estreia no primeiro dia do ano em que a população escolhe seu sucessor.
A polêmica se arrasta desde antes da primeira exibição pública, no Festival de Brasília. Ganhou contornos dramáticos com o acidente de carro sofrido pelo diretor Fábio Barreto no dia 19 de dezembro – ainda hospitalizado em estado grave.
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Com 500 cópias em todo país, o filme é baseado no livro de mesmo nome da jornalista Denise Paraná, que co-assina o roteiro com Fernando Bonassi e Daniel Tendler. Da migração de Caetés (PE) em pau-de-arara em 1952, com a mãe, dona Lindu (Glória Pires, de “Se Eu Fosse Você”), e irmãos, rumo a Santos (SP), até a ação sindical, o longa coloca as relações afetivas de Lula em foco.
Além de Dona Lindu, também têm destaque as relações com outras mulheres, Lourdes (Cléo Pires), que morreu grávida de oito meses, e a segunda, Marisa Letícia (Juliana Baroni). A difícil relação com o pai e o estudo técnico de torneiro mecânico no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também têm espaço, mas o filme não narra o início da militância partidária de Lula (interpretado na fase adulta pelo estreante em cinema Rui Ricardo Diaz).
“Quis fazer um melodrama épico, nada além disso”, declarou o diretor Fábio Barreto, durante o Festival de Brasília. Seu pai, o produtor Luiz Carlos Barreto, por sua vez, opinou: “Este filme não tem nenhum sentido eleitoreiro e sim didático”.
O orçamento de R$ 17 milhões entre custos de produção e lançamento garante produção técnica de ponta. Segundo os produtores, os recursos foram obtidos junto a patrocinadores privados, sem recurso a leis de incentivo, e cujos nomes e logotipos aparecem nos letreiros iniciais.
Entre seus profissionais, estão nomes consagrados como o compositor Antonio Pinto (autor da trilha de “Central do Brasil”, de Walter Salles) e Clóvis Bueno (de “Terra Vermelha”, “Os Desafinados”) na direção de arte.