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Moradores da zona leste denunciam abandono de CEUs pela gestão Doria-Covas

Movimentos realizaram protesto neste sábado contra unidades que estão com obras paralisadas, depois que orçamento da prefeitura de São Paulo foi remanejado

reprodução TVT

Júlio César: “CEU vem contemplar a gente no sentido de termos um local apropriado para realizar as atividades”

São Paulo – Moradores da zona leste de São Paulo protestaram neste sábado (2) contra o abandono de obras de Centros Educacionais Unificados (CEUs) na região, pela gestão de Bruno Covas e João Doria. De 46 CEUs da capital, 14 estão sem condições de uso, segundo reportagem do Seu Jornal, da TVT.

Aprovado na gestão petista de Fernando Haddad, o orçamento previsto para construção e reforma das unidades era de R$ 231 milhões em 2017, verba que Doria remanejou para outros compromissos. Neste ano, os CEUs foram novamente deixados de fora do plano da gestão tucana, e sofreram outro duro golpe com a aprovação do Plano Plurianual, de 2018 a 2021, e a Lei Orçamentária, que não prevê recursos para obras de nenhuma unidade.

Em São Paulo, 14 espaços que deveriam oferecer educação, arte, esporte e lazer à população estão com instalações incompletas e sem previsão de entrega. “Todos esses CEUs foram iniciados, muitos em estado adiantado de execução, mas infelizmente paralisados pelo governo Doria e continuam paralisados pelo governo do prefeito Bruno Covas”, diz Luiz Barbosa de Araújo, do Movimento Popular em Defesa dos CEUs. “O mais lamentável é que nem sequer o governo se manifesta”, afirma ainda.

“Nós vemos aqui um projeto maravilhoso como este, uma obra com quase já 30% realizada, e o governo com aquela arrogância, com aquela soberba de que o povo não pode admitir. São obras importantes para a sociedade, elas vão aproximar o povo da cultura, de uma educação de melhor qualidade, do acesso a práticas esportivas com equipamentos de qualidade, mas infelizmente está parado sem qualquer explicação”, diz Araújo, em referência ao CEU José Bonifácio, na zona leste.

 

Essa obra deveria ter sido entregue à população em outubro do ano passado, mas também está com as obras paralisadas. Foi nesse local que os movimentos fizeram o protesto neste sábado para cobrar uma solução imediata, como mostrou a TVT.

“Lutamos tanto para começar essa obra que era muito importante para o bairro, porque temos muitas crianças que não têm atividade, nem lazer, nem esporte”, diz Maria Creuza Silva Santos, do Conselho Participativo Jd. Bonifácio.

Presidente do Instituto Reação, Arte e Cultura, Júlio César de Castro afirma que os coletivos estão perdendo espaços com a crise política no país. “Esse espaço do CEU vem contemplar a gente no sentido de termos um local apropriado para realizar as atividades”, defende.