Sem educação

Presidente Prudente (SP) perdeu 10 mil aulas no primeiro semestre

Déficit de professores afeta qualidade do ensino estadual, diz Apeoesp, que fará mapeamento em todo o Estado

Reprodução/Facebook

Professores vão mapear a falta de aulas e também a demanda reprimida por vagas na rede estadual

São Paulo – Os alunos das escolas estaduais da região de Presidente Prudente, no interior paulista, tiveram mais de 10 mil aulas vagas entre fevereiro e junho deste ano. O dado, obtido por um levantamento preliminar do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), preocupa pais, alunos e professores.

Pesquisa divulgada há duas semanas pelo sindicato mostra que 74% da população em geral, 63% dos pais, 60% dos estudantes e 73% dos professores consideram que a qualidade da educação nas escolas públicas de São Paulo piorou nos últimos anos. E para eles, o número elevado de aulas vagas, não ministradas por falta de professores, está entre os aspectos que afetam a qualidade do aprendizado.

Para isso, as 93 subsedes da Apeoesp espalhadas pelo estado deram início a um levantamento junto às diretorias de ensino. “O objetivo é comprovar que faltam professores e que os direitos de aprendizagem dos estudantes não estão sendo respeitados pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB)”, disse a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel.

O sindicato vai mapear também demandas por vagas por parte de pais e de potenciais estudantes, como jovens e adultos, que estão fora da escola devido à falta de oferta perto de casa ou do trabalho.

E estimular o cadastramento nas escolas. “Vamos entregar estas demandas nas diretorias de ensino para garantir o direito à educação à população e para que os professores possam ter aulas para atribuição no próximo ano”, disse Bebel.

A Apeoesp criou espaço em sua página na internet para facilitar denúncias sobre fechamento de classes e de escolas. Acesse aqui.

 

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