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Em momento de resistência, trabalhadores da Caixa encerram congresso nesta sexta

Além das reivindicações trabalhistas, os bancários se organizam contra a ameaça de privatização

Conecef

Em campanha salarial, trabalhadores iniciaram ontem (7) o debate para definir a pauta de reivindicações

São Paulo –Trabalhadores da Caixa Econômica Federal encerram nesta sexta-feira (8), em São Paulo, o seu 34º congresso nacional, o Conecef. Além das reivindicações trabalhistas, os bancários preparam a resistência contra a ameaça de privatização do banco, anunciada pelo ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato à Presidência da República pelo MDB.

Em campanha salarial, trabalhadores iniciaram ontem (7) o debate para definir a pauta de reivindicações e as estratégias de combate aos ataques promovidos pelo governo Temer. “A gente pretende que este congresso defina a organização do movimento, propostas de articulação a reivindicações para a Caixa Econômica, na defesa dos trabalhadores”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da comissão executiva dos empregados da Caixa.

A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, alerta que desde 2014 o governo tem aplicado uma política de enxugamento do banco. “A Caixa já está com 15 mil trabalhadores a menos. Desde 2014, fechou 30 agências e pretende fechar mais 100. Você tem uma série de retiradas de direitos que já vem ocorrendo, além disso, haverá enfrentamento neste ano pois vence o nosso acordo coletivo”, relata à repórter Michelle Gomes, da TVT.

“Estamos passando por um momento de ameaça sobre a existência da Caixa. Houveram várias mudanças, o estatuto do banco foi modificando, com a possibilidade de indicações de vice-presidente serem do mercado”, denuncia o vice-presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.

Além disso, pré-candidatos na corrida presidencial, inclusive o ex-ministro Henrique Meirelles, tem se posicionado a favor da venda da Caixa. “Isso vai agradar o sistema financeiro privado. Se privatizar o patrimônio público todo, quem vai perder é a população brasileira, porque a Caixa sozinha financia 70% da habitação do país, além de ser uma operadora dos programas sociais”, acrescenta Rita Serrano.

“Nós temos que enfrentar esse debate e resistir à privatização da Caixa, um banco público essencial para a economia do país e para a população de baixa renda. Ele tem uma influência positiva na vida do cidadão brasileiro, não pode ser privatizado e entregue ao capital especulativo“, critica o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT: