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Mercado fecha vagas, e desemprego aumenta

Taxa subiu para 12,6% no trimestre encerrado em fevereiro. Em 12 meses, só há menos desempregados por causa do aumento da informalidade. Rendimento fica estável

Em um ano, país não criou vagas com carteira assinada. Cresceu apenas o emprego sem carteira e por conta própria

São Paulo – A taxa nacional de desemprego subiu no trimestre encerrado em fevereiro, para 12,6%, ante 12% em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. São 13,121 milhões de desempregados, 550 mil a mais em três meses. Nesse período, o mercado fechou 858 mil postos de trabalho, enquanto 307 mil pessoas deixaram de procurar uma vaga.

Na comparação com fevereiro do ano passado (13,2%), a taxa está menor e o país registra menos desempregados (426 mil), mas por causa do aumento da informalidade. Em 12 meses, o país criou 1,745 milhão de vagas, mas perdeu 611 mil empregados com carteira assinada no setor privado (-1,8%), no menor nível da série histórica, iniciada em 2012. E tem mais 511 mil trabalhadores sem carteira, além de 977 mil por conta própria.

De novembro para fevereiro, o número de empregados com carteira (33,126 milhões) ficou estável (-0,3%), enquanto o de sem carteira (10,761 milhões) caiu 3,6%. O de trabalhadores por conta própria também permaneceu estável (0,4%) – são 23,135 milhões.

Entre os setores, nenhum criou vagas no trimestre fechado em fevereiro. A indústria eliminou 244 mil vagas (-2%) e a construção, 277 mil (4%). Foram fechados ainda 435 mil postos de trabalho (-2,7%) na área que compreende administração pública, defesa, saúde, seguridade social e educação pública.

No período de 12 meses, a indústria cresce (3,3%, mais 375 mil), assim como atividades ligadas a serviços, a administração pública e o emprego doméstico. A construção volta a cair 4% (menos 280 mil pessoas).

Estimado em R$ 2.186, o rendimento médio ficou estável tanto em relação a novembro como na comparação com fevereiro de 2017.

São Paulo

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 16,2%, em janeiro, para 16,4% no mês passado, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Seade e do Dieese. Em fevereiro de 2017, a taxa foi de 17,9%.

O número de desempregados foi estimado em 1,801 milhões, 43 mil a mais no mês e 181 mil a menos em 12 meses. Essa queda na comparação anual deve-se tanto à abertura de vagas (91 mil) como à saída de pessoas do mercado de trabalho (90 mil).

 

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