Mercado de trabalho

Santa Catarina e Rio mais que duplicam desempregados em três anos

Indústria, construção civil e serviços são setores mais atingidos

Antônio Cruz/Agência Brasil

Nos últimos três anos, a construção civil foi um dos setores que mais sofreram com perda de postos de trabalho

São Paulo – Mesmo com a menor taxa do país, Santa Catarina foi a unidade da federação onde o desemprego mais cresceu de 2014 a 2017, subindo de 100 mil para 270 mil desempregados, 170,2% a mais. As informações, divulgadas hoje (23), são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. Construção civil (-3,8%) e indústria (-2%) foram os setores mais atingidos , além dos serviços (-0,6%)

O segundo pior resultado foi do Rio de Janeiro, onde o número de desempregados cresceu 157% em três anos, de 494 mil para 1,270 milhão. Segundo o instituto, houve redução de vagas, principalmente, na indústria (-19%), na construção civil (-13,8%) e no setor de serviços (-8,4%).

No maior mercado de trabalho do país, em São Paulo, o crescimento foi de 103,3%, de 1,648 milhão para 3,351 milhões de desempregados. A menor variação no período foi registrada na Paraíba: 27,7%, de 152 mil para 194 mil.

A taxa média de desemprego no Brasil foi de 12,7% no ano passado, a maior da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Também na comparação com 2014, o total de desempregados cresceu 86,4%, para um total de 13 milhões.

A chamada subutilização da força de trabalho atingiu 26,5 milhões de pessoas em 2017, taxa de 23,8%. Esse grupo inclui, além dos desempregados, ocupados com jornada abaixo de 40 horas semanais e a força de trabalho potencial, pessoas que poderiam estar trabalhando).