Custo de vida

Inflação cai em janeiro, mas combustíveis e alimentos sobem

Gasolina teve a maior influência no resultado do mês, que teve a menor taxa desde o Plano Real

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Preços de vários alimentos aumentaram no mês, com destaque para o tomate, que subiu quase 46%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial de inflação no país, variou 0,29% no primeiro mês de 2018, abaixo tanto de dezembro (0,44%) como de janeiro do ano passado (0,38%). Segundo o IBGE, que divulgou os resultados nesta quinta-feira (8), é o menor índice para o mês desde o Plano Real. O IPCA soma 2,86% em 12 meses.

Mas alguns itens importantes aumentaram de preço em janeiro, como a gasolina, que aumentou 2,44% e, sozinha, contribuiu com 0,10 ponto percentual na taxa do mês. O produto variou de -1,68% (Brasília) a 6,33% (Belo Horizonte). O etanol ficou 3,55% mais caro, em média, novamente com destaque para BH, com elevação de 9,08%.

Já o ônibus urbano, que tem peso de 2,64% no orçamento familiar, subiu em quatro das 13 regiões pesquisadas (Goiânia, Salvador, São Paulo e Vitória). Tarifas de ônibus intermunicipais aumentaram em cinco regiões (BH, Campo Grande, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). A região metropolitana paulista teve ainda reajustes no trem e no metrô.

Com isso, o grupo Transportes teve a maior variação entre os grupos (1,10%), embora abaixo de dezembro (1,23%). Segundo o IBGE, isso se deve, principalmente, à queda no item passagens aéreas, que passou de 22,28% para -1,35%, além do conserto de automóvel (de -0,29% para -0,74%). 

A segunda maior alta foi do grupo Alimentação e Bebidas (0,74%), com alimentação para consumo em casa subindo de 0,42% para 1,12% e fora de casa passando de 0,74% para 0,06%. Entre os destaques de alta, estão o tomate (45,71%), cenoura (18,54%), batata inglesa (10,85%) e cebola (7,98%). Caíram os preços de feijão fradinho (-3,94%) e feijão carioca (-3,32%).

O grupo Habitação registrou queda de 0,85%, devido à redução nas contas de energia elétrica (-4,73%, em média). Só houve alta em Porto Alegre (5%). Nas demais, a variação foi de -0,39% (Vitória) a -8,03% (Belém). 

Ainda nesse grupo, a taxa de água e esgoto aumentou 0,12% e o gás encanado, 1,34%. Já o gás de botijão caiu 0,32%.

Entre as regiões pesquisadas, o menor índice foi apurado em Brasília (-0,15%) e o maior, em Vitória (0,70%). Depois vêm Porto Alegre (0,68%), Rio (0,42%), Belo Horizonte (0,36%), Salvador (0,35%), Fortaleza (0,34%), Curitiba (0,26%), São Paulo (0,21%), Campo Grande (0,10%), Belém (0,08%), Goiânia (0,05%) e Recife (0,03%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,23%, também a menor taxa para o mês desde o Real. Está acumulado em 1,87% em 12 meses.