Fim de ano

Caged aponta criação de vagas no comércio e na indústria com salários menores

Mantendo tendência de economia com crise de emprego, contratados com carteira assinada ganham menos do que os que foram demitidos

Agência Brasil

Atividade, como todo fim de ano, contratou mais do que demitiu

São Paulo – O país criou 76.599 vagas com carteira assinada em outubro (crescimento de 0,20% no estoque, de 38,5 milhões), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O resultado divulgado hoje (20) é positivo, mas mostra também que o salário médio dos contratados (R$ 1.463,12) é menor do que o recebido pelos demitidos (R$ 1.675,95), ambos caindo em relação a setembro.

Comércio (0,42%) e indústria (0,45%, com destaque para a área de produtos alimentícios), principalmente, foram os setores que sustentaram a alta do emprego formal no mês passado, com abertura de 37.321 e 33.200 postos de trabalho, respectivamente. Os serviços criaram 15.915. Outros cinco setores reduziram o número de vagas, com destaque para a construção civil (-4.764) e para a agropecuária (3.551).

No acumulado do ano, o Caged registra crescimento de 0,79%, o correspondente a 302.189 empregos com carteira a mais. Em 12 meses, o país perde 294.305 vagas formais (-0,76%).

De janeiro a outubro, os destaques positivos são serviços (criação de 138.779 postos de trabalho), indústria (116.649) e agropecuária (105.091). A administração pública também tem alta, com 18.092 empregos a mais. Construção (-30.545) e comércio (-41.608) fecham vagas.

Em 12 meses, seis dos oito setores perdem postos de trabalho. Um fica estável (comércio). Apenas a agropecuária tem crescimento (28.378). A maior queda é da construção: 168.178 (-7,06%). Os serviços fecham 63.343 (-0,37%), a indústria elimina 68.672 (-0,92%) e a administração pública, 8.968 (-1,03%).

 

 

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