IPCA-15

‘Prévia’ da inflação sobe, puxada pelo aumento do gás

Taxa em 12 meses está acumulada em 2,71%. Preços dos eletrodomésticos caíram e do celular aumentou. Alimentos também tiveram queda

divulgação / ipem-sp

Gás de botijão subiu 5,72% e representou o maior impacto individual no resultado de outubro (0,07 percentual)

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,34% neste mês, acima de setembro (0,11%) e abaixo de outubro do ano passado (0,19%). Com o resultado, divulgado na manhã de hoje (20) pelo IBGE, a “prévia” da inflação oficial está acumulada em 2,25% no ano, a menor taxa para o período desde 2006. Em 12 meses, o IPCA-15 fica em 2,71%, ante 2,56% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Segundo o instituto, o resultado do mês foi influenciado, principalmente, pelos combustíveis: houve alta de 5,36% nos chamado combustíveis domésticos e de 1,29% nos de veículos. O gás de botijão subiu 5,72% e representou o maior impacto individual no resultado de outubro (0,07 percentual). O IBGE lembra que entre setembro e outubro a Petrobras anunciou três reajustes de preços nas distribuidoras para o botijão de 13 quilos.

A gasolina aumentou 1,45%, menos do que em setembro (3,76%), assim como as passagens aéreas (de 21,30% para 7,35%). Com isso, o grupo Transportes desacelerou de 1,25% para 0,60%.

No grupo Habitação, o mesmo em que se inclui o gás de botijão, o IBGE apurou alta de 0,11% na taxa de água e esgoto, com influência de reajuste na região metropolitana de Fortaleza, e queda de 0,15% na tarifa de energia elétrica, com variações oscilando de -1,82% (Porto Alegre) a 3,77% (Salvador).

O grupo Artigos de Residência variou -0,13%, com queda de 0,57% nos preços dos eletrodomésticos. E Comunicação teve alta de 0,48%, refletindo o reajuste do item telefone celular (1,30%).

Já o grupo de maior peso, Alimentação, variou -0,15%, queda menos intensa do que a de setembro (-0,94%). Algumas regiões tiveram alta: Curitiba
(1%), Goiânia (0,28%), São Paulo (0,27%) e Fortaleza (0,18%). Em Recife, foi registrada queda de 1,05%.

Alimentos para consumo em casa caíram 0,34%, em média, com destaque para (-9,88%), feijão carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa vida (-3,52%). Subiram preços de carnes (0,54%) e frutas (1,40%).

Entre as regiões, o IPCA-15 mais elevado foi o de Curitiba (0,66%), com aumentos acima da média na alimentação fora de casa e da gasolina. E a queda mais intensa foi a do Rio de Janeiro (-0,08%), com redução na alimentação fora de casa. Na região metropolitana de São Paulo, a variação foi de 0,45%, ante 0,11% em setembro.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 10 de novembro.