Crise econômica

Desemprego em São Paulo continua alto e atinge 2,1 milhões

Taxa fica praticamente estável de março para abril, mas cresce em 12 meses, período em que região metropolitana 'ganhou' 220 mil desempregados. Rendimento cai

ABR

Setor de comércio/reparação de veículos eliminou 84 mil (-4,8%) entre março e abril

São Paulo – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 18,5%, no mês anterior, para 18,6% em abril (índice que era de 16,8% em igual mês de 2016), segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada nesta quarta-feira (31). A estimativa é de 2,088 milhões de desempregados, 22 mil a mais no mês (variação de 1,1%), com acréscimo de 220 mil em um ano (11,8%).

Segundo os institutos, o desemprego é maior na chamada sub-região leste, que inclui municípios como Guarulhos e Mogi das Cruzes, chegando a 19,9%, um pouco menos do que em março (20,1%). Também houve diminuição (de 19,2% para 18,4%) na sub-região sudeste, onde se localiza o Grande ABC, e de na oeste (de 16,7% para 15,4%), que concentra Osasco, Barueri e outras cidades. Só houve variação para cima na capital paulista, de 18,1% para 18,6%.

O total de ocupados foi estimado em 9,139 milhões, com pequena variação, de 0,4%, no mês, o equivalente a mais 37 mil pessoas. Na comparação com abril do ano passado, a ocupação cai 1,2%: menos 113 mil. Nesse mesmo intervalo, a população economicamente ativa (PEA) cresceu 1% (107 mil) – a combinação dos 107 mil a mais da PEA e os 113 mil ocupados resulta no acréscimo de 220 mil desempregados em um ano.

O número de empregados no setor privado com carteira assinada (4,908 milhões) não variou no mês. Em 12 meses, caiu 3,6% (menos 181 mil vagas formais). Os sem carteira, estimados em 731 mil, também registram estabilidade de março para abril e crescem 9,8% em um ano (65 mil). Aumenta ainda a presença de autônomos e trabalhadores domésticos.

De março para abril, a indústria de transformação criou 42 mil postos de trabalho (3,3%), os serviços abriram 59 mil (1,1%) e a construção, 20 mil (3,4%), enquanto comércio/reparação de veículos eliminou 84 mil (-4,8%). Em relação a abril de 2016, a situação se inverte: fecharam vagas a indústria (63 mil, -4,6%), os serviços (49 mil, -0,9%) e a construção (17 mil, -2,7%). Comércio/reparação de veículos tem crescimento de 2,2%, com mais 35 mil ocupações. 

Estimado em R$ 1.931, o rendimento médio dos ocupados caiu 2,2% no mês e 4,9% em um ano.

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