Tombini descarta risco de descontrole inflacionário no país

Alexandre Tombini, presidente do BC: câmbio e juros em patamares que afastam volta descontrolada da inflação (Antonio Cruz/ABr) Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje […]

Alexandre Tombini, presidente do BC: câmbio e juros em patamares que afastam volta descontrolada da inflação (Antonio Cruz/ABr)

Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (19) que não existe risco de descontrole da inflação no Brasil. Tombini acrescentou que a estratégia do BC permanece válida, mas, ser for necessário, a taxa básica de juros, a Selic, pode ser ajustada.

“Gostaria de deixar bem claro que não existe hoje no país risco de descontrole da inflação, não obstante o fato de o Brasil ter conseguido alcançar um novo patamar para as taxas de juros em geral, e, em particular, para a taxa de política monetária [a Selic].”

Em janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic em 7,25% ao ano. Em comunicado, o BC reforçou que era preciso manter as condições monetárias (Selic no atual patamar) estáveis “por período suficientemente longo”.

Tombini destacou que os os ciclos monetários foram abolidos. “A taxa Selic oscilará em patamares mais baixos do que no passado”, disse Tombini, ao lançar hoje o projeto Otimiza BC. O objetivo é criar um canal de diálogo para discutir a redução de custos de observância, despesas das instituições financeiras com envio de informações ao órgão fiscalizador. 

Mercado

Há, na mídia e no mercado, analistas que acreditam no aumento da taxa Selic pelo Banco Central para controlar a alta dos preços, contrariando os sinais emitidos pelo governo federal. No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86%, a maior variação mensal desde abril de 2005, quando a alta chegou a 0,87%. Dezembro também registrou inflação expressiva, 0,79%. Com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses passou para 6,15%, contra inflação de 5,84% registrada em todo o ano passado.