Pesquisa Dieese-Seade vê desemprego relativamente estável em janeiro

São Paulo – A taxa média de desemprego calculada em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal mostrou relativa estabilidade de dezembro para janeiro, passando de 9,8% para 10%, segundo […]

São Paulo – A taxa média de desemprego calculada em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal mostrou relativa estabilidade de dezembro para janeiro, passando de 9,8% para 10%, segundo pesquisa Dieese/Fundação Seade, divulgada hoje (27). Em janeiro de 2011, a taxa foi de 9,5%. Na comparação anual, o número de pessoas no mercado de trabalho (população economicamente ativa) aumentou acima do total de vagas criadas, fazendo crescer o desemprego.

Em relação a janeiro do ano passado, a PEA cresceu 2,7%, o correspondente a 585 mil pessoas a mais no mercado. No mesmo intervalo, foram criadas 406 mil vagas, alta de 2%. Com isso, o número de desempregados aumentou em 179 mil (8,6%), para uma estimativa de 2,259 milhões.

Dos 406 mil empregos a mais, 122 mil vieram do setor de serviços (expansão de 1,1%), 113 mil de comércio e reparação de veículos (3%), 97 mil da construção civil (a maior alta percentual, 6,3%) e 78 mil da indústria de transformação (2,6%). De dezembro para janeiro, os serviços eliminaram 128 mil vagas (queda de 1,1%).

O emprego formal mantém crescimento, embora em ritmo menor. Foram criados 101 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês (alta de 1%) e 478 mil em 12 meses (4,9%). Dos 20,290 milhões de ocupados, pouco mais metade (10,323 milhões) é formada por assalariados com carteira.

Estimado em R$ 1.583, o rendimento dos ocupados recuou 0,8% na comparação mensal. Em 12 meses, tem alta de 1,8%.

Na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego permaneceu em 10%. Em relação a janeiro de 2011 (9,6%), teve ligeira alta. O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.732) recuou 1,6% na comparação mensal e aumentou 2,3% na anual.

Entre as regiões pesquisadas, a maior taxa foi registrada em Salvador (17,3%) e a menor, em Belo Horizonte (5,6%). Chegou a 12,6% em Recife, 12% no Distrito Federal, 8,1% em Fortaleza e 6,3% em Porto Alegre.