Com altas no Norte/Nordeste, cesta básica sobe em nove de 17 capitais

Segundo o Dieese, o preço do arroz aumentou em todos os municípios. Salário mínimo necessário foi calculado em R$ 2.617,33

 

São Paulo – Com predominância de cidades das regiões Nordeste e Norte, o preço da cesta básica calculado pelo Dieese subiu em outubro em nove de 17 capitais pesquisadas. As maiores altas foram apuradas em Recife (4,49%), Manaus (3,61%), Fortaleza (2,54%), Natal (2,45%) e Salvador (2,43%). Dos municípios com queda, os destaque foram Florianópolis (-9,04%), Brasília (-3,66%) e Vitória (-2,29%).

A cesta mais cara voltou a ser a de São Paulo, após três meses: R$ 311,55. Em seguida, vieram as de Porto Alegre (R$ 305,72) e Manaus (R$ 298,22). As cestas com menor custo foram as de Aracaju (R$ 206,03), Salvador (R$ 223,00) e João Pessoa (R$ 232,97). Com base na de maior valor, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma família foi calculado em R$ 2.617,33, o correspondente a 4,21 vezes o mínimo oficial (R$ 622). Essa proporção era equivalente em setembro e 4,28 vezes em outubro do ano passado.

Para adquirir os produtos essenciais, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou cumprir jornada média de 95 horas e um minuto, período próximo ao de setembro (95 horas e 12 minutos) e maior ao de outubro de 2011 (94 horas e quatro minutos).

Entre os produtos pesquisados, o arroz teve alta nas 17 capitais pesquisadas. As altas chegaram a 19,77% em Aracaju, 16,93% em Vitória e 13,88% em Recife. O preço do óleo de soja aumentou em 16 cidades, com destaque para Florianópolis (6,97%), João Pessoa (5,24%) e Porto Alegre (4,9%). O leite subiu em 14 municípios (5,36% em Goiânia e 4,06% em Natal), assim como a farinha – nesse item, as maiores altas foram apuradas no Norte e no Nordeste, onde se pesquisa o preço da farinha de mandioca, com destaque para Belém (24,85%), Aracaju (24,24%) e Manaus (15,49%).

Tanto no ano como em 12 meses, o Dieese registrou aumento em todas as capitais. Nos dois casos, o maior aumento foi em Fortaleza (18,54% e 28,4%, respectivamente). Também em 12 meses, o valor aumentou 23,25% em Natal e 21,39% em Recife. As menores variações foram as de Goiânia (7,56%), Florianópolis (8,36%) e Salvador (8,72%).