Menos peso, mais espaço

Em busca da leveza, banda Scalene vai da Bossa Nova à música eletrônica

Quarteto brasiliense apresenta as canções de "Respiro" no programa "Hora do Rango" desta sexta-feira, a partir do meio-dia

Breno Galtier Photography/Divulgação
Breno Galtier Photography/Divulgação
Depois de ganhar o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Rock Brasileiro, e chegar ao palco do Rock in Rio, a banda Scalene apresenta o álbum "Respiro"

São Paulo — Com novo álbum na praça, a banda brasiliense Scalene é a convidado do programa Hora do Rango desta sexta-feira (1º), a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual. Respiro é o título do quarto disco de estúdio do grupo, que completa 10 anos de carreira em 2019.

Respiro foi gerado como reação aos tempos inflamados em que estamos submersos. Todas as 14 faixas do álbum, incluindo nessa conta dois interlúdios instrumentais, foram escritas em movimento oposto à tensão e ao descontrole que comandam nosso cotidiano. Menos peso, mais espaço. A eficácia da delicadeza contra o monopólio do grito”, explica a banda, formada por Gustavo Bertoni (voz), Tomás Bertoni (guitarra), Lucas Furtado (baixo) e Philipe “Makako” Nogueira (bateria).

Depois da estréia com o álbum Real/Surreal (2013) e, na sequência o segundo, Éter (2015), ganhador do Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock Brasileiro, e Magnetite (2017), que levou a banda ao festival Rock in Rio, o novo trabalho apresenta influências da música brasileira, da Bossa Nova ao Clube da Esquina.

O álbum Respiro aprofunda a intenção do grupo em percorrer diferentes vertentes da música, com arranjos que incorporam influências que vão da música eletrônica ao R&B. O novo disco conta ainda com as participações especiais de Ney Matogrosso e Xenia França, nos vocais, e Hamilton de Holanda e Beto Mejia nos instrumentos.

Esse Berro esse Grito, por exemplo, já era uma canção “intensa e doída”, segundo os integrantes da banda. Com a interpretação e entrega de Ney Matogrosso, a faixa ficou ainda mais “estranha”. Ao ouvi-la finalizada, o cantor disse que gostava da estranheza do resultado final. “É disso que eu gosto”, afirmou Ney.

Com letra ao mesmo tempo esperançosa e realista, Tabuleiro reafirma o tom brasileiro da melodia do álbum. Já Casa Aberta foi inspirada em poesia haicai, tanto na estrutura quanto na intenção, e fala sobre se atentar às singelas coisas do cotidiano. “Tudo que a ansiedade e a ambição nos proíbe de enxergar”, explica a banda. 

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e também premiado pela APCA, recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário, na Rádio Brasil Atual.