3 x 3

A eficiência espanhola encontrou uma pedra portuguesa no caminho

Seleções da Península Ibérica compensaram os jogos ruins desta sexta-feira e fizeram um clássico emocionante

Fanny Schertzer/Wikimedia Commons CC

Cristiano Ronaldo: o jogador mais velho a fazer o chamado “hat trick” ou triplete em Copas do Mundo

São Paulo – Espanha e Portugal compensaram os dois duelos sofríveis desta sexta-feira (15) e protagonizaram um verdadeiro clássico, com direito a reviravoltas no placar, heróis e vilões. A eficiência coletiva espanhola quase se impôs, mas teve uma pedra lusitana no meio do caminho, representada pela estrela solitária do time rubro-verde. Quando a “Fúria” se preparava para comemorar, Cristiano Ronaldo anotou o terceiro dele e decretou o empate.

O jogo mostrou, mais uma vez, que a Copa, um torneio de curta duração, não dá tempo para recuperação quando se erra. Não é como um campeonato de pontos corridos, quando ainda é possível, até certa altura, manter-se na disputa. Nas três partidas disputadas hoje, os placares foram decididos, basicamente, por erros individuais.

Com espanhóis e portugueses não foi diferente. A Espanha que o diga. O primeiro gol lusitano nasceu de um pênalti “bobo” e o terceiro e último, quase no final, de uma falta desnecessária. E nem se fale do segundo, que teve grande colaboração do goleiro De Gea. Mas o melhor jogador do mundo por cinco vezes nada tem a ver com isso e anotou três, um de pênalti, um chutando da entrada da área e o terceiro, uma obra-prima, em cobrança de falta.

O atleta nascido na Ilha da Madeira é o maior goleador da história da “equipa” portuguesa – chegou a 84, igualando-se ao mítico húngaro Puskas como principal artilheiro de seleções europeias. “Ronaldo três, Espanha três”, bradou o jornal esportivo A Bola.

Mesmo perdendo o técnico de última hora, a Espanha mostrou volume, qualidade e o característico toque de bola para chegar ao gol português. O brasileiro naturalizado Diego Costa anotou dois quando Portugal estava em vantagem no placar e Nacho pôs os espanhóis na frente, 3 a 2, com um lindo chute, que bateu na trave direita, correu a linha e parou no outro canto. A nau lusitana foi à frente, pondo em campo o velho Quaresma, que sempre dá trabalho aos defensores adversários. A persistência deu resultado.

O empate talvez tenha sido duro para a seleção espanhola, mas premiou tanto a eficiência como a individualidade. O 3 a 3 deixa o Irã na liderança do Grupo B, depois da vitória em cima da hora sobre Marrocos, em jogo daqueles em que a bola sofre maus-tratos. Como que a confirmar isso, o gol único foi contra, marcado por Aziz Bouhaddouz.

Na próxima rodada do Grupo B, quarta-feira (20), Portugal enfrenta Marrocos (às 9h, horário de Brasília) e a Espanha pega o Irã, às 15h.

Pelo grupo A, pouco antes, o Uruguai sofreu, mas venceu o Egito também com um gol nos acréscimos. A equipe tem três pontos, mas fica atrás da Rússia pelo saldo de gols – ontem, os donos da casa fizeram 5 a 0 na Arábia Saudita. Na terça (19), às 15h, a Rússia joga contra o Egito, e no dia seguinte, ao meio-dia, o confronto será entre Uruguai e Arábia.