‘Seis meses sem licitação para manutenção dos semáforos é incompetência’, diz Tatto
Desde o final da gestão Haddad, prefeitura não fez novos contratos para o reparo dos faróis da cidade. Em 2017, panes e apagões aumentaram
Publicado 06/07/2017 - 12h11
São Paulo – A gestão de João Doria à frente da capital paulista completou seis meses no último sábado (30) e até o momento ainda não fez uma licitação para a manutenção dos semáforos da cidade. Para Jilmar Tatto, ex-secretário municipal de Transportes da capital, chegar na metade do ano sem fazer o contrato é incompetência da prefeitura. “O governo que se diz gestor, demora seis meses para fazer um processo licitatório. Isso é de uma incompetência sem tamanho”, criticou, em entrevista à Rádio Brasil Atual, hoje (5).
De acordo com a Folha de S.Paulo, as panes e apagões nos semáforos da cidade aumentaram. Do início de janeiro ao fim da primeira quinzena de março deste ano, 5.765 falhas em semáforos foram registradas – totalizando uma média de 76 problemas por dia.
Segundo Tatto, a gestão poderia ter utilizado dispositivos possíveis para evitar as falhas. “Mesmo que a licitação não tivesse saído, poderia ter feito um contrato emergencial. São Paulo virou uma ‘cidade de cones’ para sinalizar os semáforos quebrados e os buracos nas ruas”, afirmou.
Os contratos de manutenção se encerraram no final do mandato de Fernando Haddad. O ex-secretário conta que o governo de transição ofereceu uma nova licitação à gestão Doria, que foi rejeitada. “Eles disseram que não precisavam, pois, caso fosse necessário, eles fariam um contrato de emergência”, conta.
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