Não é só comida

Alimentar-se de livros: Expressão Popular participa da Feira da Reforma Agrária de SP

Maior evento do principal movimento social do país será realizado entre os dias 3 a 6 de maio, no Parque da Água Branca, região central da capital paulista

Renata Gusmão

Livros saudáveis para a luta: educação, comunicação, direito, história e literatura, além de temas ligados à agroecologia estarão na feira

Brasil de Fato – Livros saudáveis para a luta: estes serão os alimentos oferecidos pela Editora Expressão Popular no espaço Café Literário, que compõe a programação da 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária, entre os dias 3 a 6 de maio, no Parque da Água Branca, região central de São Paulo (SP).

Ao todo serão oferecidos cerca de dois mil títulos, das mais variadas áreas de atuação da editora como educação, comunicação, direito, história e literatura. Mas, combinando com o tema central da Feira organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a coleção dedicada à agroecologia terá destaque na circulação. É o que explica Carlos Bellé, que compõe equipe da editora.

“A coleção de agroecologia, dentro do espaço Café Literário, tem dois grandes objetivos. O primeiro é explicitar que a alimentação saudável só é possível com agroecologia. Por outro lado, significa um combate à política do agronegócio dentro do pacote do agroquímico. Então são duas formas de ver, visualizar e sentir o desenvolvimento de que tipo de alimentação saudável nós queremos em oposição à política mais geral no campo do agronegócio”, disse.

Os trabalhos da engenheira agrônoma e escritora Ana Maria Primavesi também receberão atenção especial com o lançamento do livro Biocenose do Solo, que aborda a importância da terra sem venenos para manutenção da vida.

Com presença na feira confirmada, a psicopedagoga e agroecologista, Carin Primavesi, que é filha da autora, faz coro ao trabalho da mãe. “A base da vida está sendo ameaçada porque o básico que nós precisamos, o ar, a água e o alimento, estão sendo ameaçados pelas práticas incorretas de agricultura”, frisou.

Para colaborar neste debate, a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e em Defesa da Vida também terá participação no Café Literário, como explica a integrante da Campanha, Carla Bueno. “Nosso objetivo enquanto campanha é aproximar a relação do campo com a cidade demonstrando então que a produção de alimentos saudáveis e sem venenos, sem agrotóxicos é o melhor pra quem consome, pra quem se alimenta na cidade”, disse.

A publicação Rosa Luxemburgo e o protagonismo das lutas de massa também tem lançamento previsto na Feira. O título é o mais recente circulado no projeto da editora chamado Clube do Livro, no qual, todo mês, os assinantes recebem em casa uma publicação. Será possível conhecer mais sobre o projeto em todos os dias da feira, que ficará aberta das 8h às 20h.