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Costureiras do Rio Grande do Sul serão destaque do Fórum Social Mundial

Trabalhadoras da Justa Trama tornaram a cooperativa uma única cadeia de economia solidária com auto-gestão no mundo

TVT REPRODUÇÃO

A Justa Trama tem em torno de 600 trabalhadores no Brasil, desde os agricultores que plantam algodão às costureiras

São Paulo – Desde janeiro, ano as costureiras da Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos (Univens), no bairro Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, trabalham na confecção de camisetas e bolsas para o Fórum Social Mundial 2018, entre 13 e 17 de março, em Salvador. O trabalho é um dos destaques da conferência, que reúne diversas organizações de todo o mundo para trocar experiências solidárias. “Nós estamos produzindo aqui no Rio Grande do Sul, 10 mil bolsas e mais mil camisetas para o pessoal que vai trabalhar como voluntário. É um momento muito especial que envolve a cooperativa e as mulheres aqui da comunidade nessa produção”, conta Nelsa Nespolo, diretora da Justa Trama, à TVT.

Desde o Primeiro Fórum Social Mundial, em 2001, as trabalhadoras da Univens produzem material têxtil para a conferência. Na edição de 2005, a partir do contato com outros setores nacionais da produção, elas fundaram a Justa Trama, única cadeia de economia solidária com auto-gestão de negócios no mundo.

“A Justa Trama tem em torno de 600 trabalhadores no Brasil, desde os agricultores que plantam algodão de forma consorciada e agroecológica. Temos cooperativas no Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e também em Rondônia. Aqui na Univens, somos mulheres da comunidade que moram próximas aqui da Vila Nossa Senhora Aparecida”, explica Nelsa.

“Você tem satisfação pessoal de estar dentro de uma cooperativa onde as pessoas conversam, trocam ideias, vira mais uma família”, acrescenta a costureira Gislaine Martinez. 

As trabalhadoras também produzem outros artigos que serão comercializados no encontro e destacou o papel do consumidor na cadeia da economia solidária. “A grande campanha que a economia solidária faz é a do consumo consciente, em que as pessoas se perguntam de onde vem a roupa que veste ou a comida que alimenta – essa consciência do consumidor significa uma postura correta. Mas também a gente trabalha muito o conceito de comércio justo, que significa você poder se transparente na composição dos preços e custos, para que o consumidor  saiba que  não está sendo explorado por ninguém”, completa Nelsa. 

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