mulher negra na luta

‘Momento bancário’ traz entrevistas sobre o Dia da Consciência Negra

Programa reúne lideranças do movimento negro para discutir sobre as dificuldades das mulheres negras e como estão se organizando para enfrentar as desigualdades

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Ivone Silva (ao centro) recebe seus convidados para prestar homenagem ao Dia da Consciência Negra

São Paulo – Quais são as principais dificuldades das mulheres negras, quais lutas estão protagonizando, como se organizam para vencer a desigualdades? A visibilidade da mulher negra foi destaque do Momento Bancário com a Presidenta, programa de TV do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A edição especial, em comemoração ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro), foi na tarde desta terça-feira (21), com transmissão diretamente do Café dos Bancários, no edifício Martinelli, centro de São Paulo.

Para falar sobre esses desafios, bem como da visibilidade das mulheres negras do presente, futuro e as do passado que lutaram pela promoção da igualdade racial e de gênero, Ivone Silva, presidenta do Sindicato, recebeu a coordenadora do Fórum de Mulheres Negras de São Paulo, Kika Silva; a secretária de Combate ao Racismo da CUT de São Paulo, Rosana Silva; e o coordenador do Coletivo de Combate ao Racismo do sindicato, Júlio Santos.

No Brasil, 54% da população se reconhece como afrodescendente, segundo dados do IBGE de 2015. A cada quatro brasileiros, uma é mulher negra. Elas são 27,1% da população do país.

As mulheres negras estão conquistando espaço, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, que envolve a responsabilidade de todos os atores sociais – de âmbito público ou privado – para que as barreiras de gênero e raça sejam superadas. A sociedade não pode mais compactuar com o preconceito e a discriminação que traz consequências graves às mulheres negras. Na categoria bancária, uma mostra do mercado de trabalho, elas ainda são minoria e recebem os piores salários. A violência contra elas também é mais elevada. O feminicídio no Brasil cresceu 54% entre 2003 e 2013, nessa população, enquanto que o feminicídio de mulheres brancas diminuiu 9,8%, no mesmo período, segundo o Mapa da Violência 2015. A representação das mulheres negras no Congresso Nacional é baixíssima, apesar de serem um quarto da população brasileira.

Confira como foi o programa:

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