Infraestrutura deficiente

País ainda carece de serviços básicos, mas quase todos têm TV

Só dois terços dos domicílios têm rede de esgoto e uma parcela da população não dispõe de água diariamente

Divulgação/Secretaria Municipal de Ambiente e Agronegócios de Seropédica

Muitos domicílios ainda não estão conectados à rede de esgoto. Os que tinham desse serviço eram 65,9% do total

São Paulo – O Brasil contava 69,2 milhões de domicílios em 2016, sendo 86% casas e 14% apartamentos, proporção que sobe para 18,5% no Sudeste e para 14,8% no Sul, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Muitos ainda não estão conectados à rede de esgoto (ou com fossa ligada à rede), um serviço básico. Os que dispunham desse serviço eram 65,9% do total, ou 45,6 milhões de domicílios, caindo para 54,9% no Centro-Oeste, 44,3% no Nordeste e 18,9% na região Norte, onde 68,1% tinham fossas não ligadas à rede. 

Embora 97,2% tenham água canalizada, só 87,3% tinham disponibilidade diária de água da rede, percentual que cai para 66,6% no Nordeste e sobe para 98,1% na região Sul. Em 7%, o abastecimento era por meio de poço profundo ou artesiano – 20,3% na região Norte e 8,6% no Nordeste. 

Em relação à coleta de lixo, 82,6% dispõem desse serviço, índice que sobe para 91,3% no Sudeste, 87,7% no Sul e 87,4% no Centro-Oeste, caindo para 70,2% no Norte e 67,5% no Nordeste, região onde o lixo é queimado em 17% dos casos e vai para caçambas em 12,8% – esses percentuais aumentam para 18,5% e 9,2%, respectivamente, na região Norte.

O uso de eletrodomésticos alcança quase todos os domicílios brasileiros. Havia televisão em 97,4% e geladeira em 98,1%. A presença de máquina de lavar roupa chegava a 63%, variando de 33,5% (Nordeste) a 83,3% (Sul). Quase metade tem carro (47,4%) e microcomputador (46,2%), enquanto 21,8% possuem motocicleta.

A presença de carro sobe expressivamente na região Sudeste: 66,9% dos domicílios. E a de motos cresce bastante no Norte (31,7%) e no Nordeste (29,5%).

Segundo o IBGE, em 92,3% dos domicílios pelo menos um morador possuía telefone celular. Já o telefone fixo, até alguns anos atrás predominante nas casas, caiu para 34,5%. Em quase dois terços (63,6%) havia acesso à internet , e em 60,3% via celular – no Sudeste, 71,7% e 67,7%, respectivamente.

A maioria dos domicílios (68,2%) era próprio e já pago, enquanto outros 5,9% eram próprios e ainda estavam sendo pagos. Alugados representavam 17,5% e cedidos, 8,2%. A participação do aluguel subia para 21,6% no Centro-Oeste e para 19,7% no Sudeste.

Os pagos ou ainda pagando representavam 74,1% no país, e aumentavam para 83,9% no Maranhão e 83,7% no Piauí. No Distrito Federal, caíam para 59,3%.

No Brasil, 88,4% das casas eram de alvenaria ou taipa com revestimento, 6,3% eram sem revestimento e 4,8%, de madeira. O piso predominante (76,6%) era  cerâmica, lajota ou pedra, com 15,6% de cimento (32,3% no Nordeste) e 6,7% de madeira (23,5% no Sul).

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