Em São Paulo

Virada da População de Rua reage contra hostilidade e violência

Atividades políticas e culturais marcam o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, que também lembram vítimas de chacina ocorrida na Praça da Sé há 13 anos

reprodução/TVT

Número de moradores de rua cresce a cada dia, em São Paulo, assim como a repressão

São Paulo – Para denunciar a impunidade e a violência contra os desabrigados, e o clima clima de repressão adotada pela gestão Doria, será realizada nesta quinta-feira (17) e sexta-feira (18), em São Paulo, a Virada da População de Rua, com atividades culturais, intervenções, e atos políticos e ecumênicos. O evento marca o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, celebrado no dia 19, em memória a sete pessoas assassinadas, enquanto dormiam, na Praça da Sé, centro da capital, em 2004.

Para o coordenador estadual do Movimento Nacional da População de Rua, Darcy da Silva Costa, passados 13 anos daquela chacina, a violência contra essa população volta a crescer. Como exemplo, ele cita o assassinato do catador Ricardo Silva Nascimento, o Negão, morto com três tiros disparados por um policial militar, no mês passado. 

Darcy, questiona o mote adotado pelo prefeito João Doria (PSDB). “Essa política quer trazer uma Cidade Linda, mas, para quem está em situação de rua, não tem significado nenhum. Cidade linda é colocar a GCM?” pergunta, em entrevista ao Seu Jornal, da TVT.

Os eventos da Virada da População de Rua têm início às 17h desta quinta, com ato político, com a participação de parlamentares, na Praça do Patriarca, região central da cidade. De lá, eles seguem o Marco em Respeito à População em Situação de Rua na Praça da Sé. Na sequência, será realizado ato ecumênico em memória às vítimas do massacre de 2004, com a participação do padre Júlio Lancellotti. 

Confira a programação completa da Virada da População de Rua:

Quinta-feira (17) 

17h – Concentração na Praça do Patriarca
19h30 – Caminhada da Praça do Patriarca até o Marco em Respeito à População em Situação de Rua na Praça da Sé
20h – Ato ecumênico em memória às vítimas do massacre da Sé com a participação do padre Júlio Lancellotti
22h – Denúncias de violência e violações de direitos humanos e impunidade

Sexta-feira (18)

0h – Atrações culturais
5h – Intervenção simbólica e “deitaço” na Praça da Sé
8h – Caminhada Praça da Sé até a Câmara Municipal de São Paulo
10h – Audiência na Escola do Parlamento na Câmara Municipal de São Paulo 
13h – Encerramento

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