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SP pelas Diretas Já: movimentos sociais afirmam estar empenhados para somar no ato

'Estamos todos querendo ampliar a campanha sem excluir qualquer segmento', afirma o coordenador da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim. 'O importante é somar'

divulgação

Ato contará com a presença de importantes nomes da música brasileira

São Paulo – Após boatos de que a organização do ato SP pelas Diretas Já teria se posicionado contra a presença de partidos no evento, a própria organização se manifestou contrária. “Em nenhum momento falamos em barrar ou excluir qualquer movimento do nosso ato”, afirmam. A manifestação, que acontece a partir das 11h, no Largo da Batata, zona Oeste da capital paulista, conta com organização de artistas, blocos de carnaval e movimentos culturais.

A organização viu “sensacionalismo” por parte da grande imprensa e reiterou que a intenção do movimento é de unificação por uma pauta comum, como explica o coordenador da Frente Brasil Popular em São Paulo, Raimundo Bonfim: “Não é um ato onde as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo têm a predominância, mas estamos todos empenhados em fazer um grande evento. Digo que as ruas não têm donos, têm causa”.

Raimundo ressalta que o importante é somar. “É preciso ter cuidado com o discurso de ampliação, isso porque claro que devemos agregar, todos defendemos esse discurso, mas não pode ser uma ampliação que traga a exclusão. No início da convocação para o ato tiveram alguns ruídos, algumas matérias informando que a organização queria excluir partidos. Mas chegamos em um bom termo e todos estamos juntos e teremos um grande ato pelo Fora Temer e pelas Diretas Já”, disse.

Sobre a presença de pessoas ligadas a ideias de direita ao lado de progressistas, Raimundo disse que não há contradição neste momento, apesar das diferentes visões. “Acho importante que todos se coloquem neste movimento. Vamos continuar com nossas posições e eles com as deles, mas agora estamos todos querendo ampliar a campanha sem excluir qualquer segmento”, disse

“Algumas pessoas que vão no domingo devem ter ido em manifestações pelo impeachment no ano passado. Acharam que bastava tirar a presidenta Dilma Rousseff (PT) que acabaria o problema de corrupção. Que bom que agora estão exigindo o fora Temer. Além de atacar direitos históricos e a Constituição, este governo está atolado em corrupção”, observou. “Para nós, também tem o grande problema do projeto neoliberal em curso que pretende transferir recursos dos trabalhadores para rentistas”.

A referência, para o ativista, deve ser o movimento por eleições que acabou por encerrar o ciclo militar (1964-1985). “Podem todas as bandeiras: vermelha, azul e amarela. São importantes amplos setores da sociedade engajados: movimentos sociais, sindicatos, artistas, partidos políticos e agentes da cultura. Todos foram muito importantes em 1984 e certamente serão importantes para pressionar pela queda de Temer e por eleições diretas”, afirmou.

Raimundo afirmou estar ansioso por esta “nova experiência”. “Vamos trabalhar para que ocorra tudo a contento e possamos dar mais um passo nessa ampla campanha para restabelecer a soberania popular. Esperamos, com esse movimento, pressionar o Congresso. Já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza eleições diretas. Agora vamos pressionar também os deputados”, conclui.

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