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Cracolândia é reocupada por usuários seis horas depois de ação da PM

Logo após a intervenção policial, o prefeito de São Paulo, João Doria, havia garantido que não haveria recuo e a praça não seria mais utilizada como moradia

Nelson Antoine/Folhapress

Usuários que voltam à praça são obrigados a passarem por uma revista, que não permite a entrada de moradias

São Paulo – Apesar da violência policial sofrida durante a manhã de domingo (11) por conta da segunda intervenção da Polícia Militar ordenada pelo prefeito de São Paulo, João Doria, e pelo governador Geraldo Alckmin (ambos do PSDB), contra a população da Cracolândia, no centro da capital paulista, a Praça Princesa Isabel, foi reocupada pelos dependentes químicos, seis horas depois do fim da operação da PM.

Apesar da reocupação, a prefeitura e o governo de São Paulo proibiram  a instalação de barracas e de moradias improvisadas – a madrugada desta segunda (12) em São Paulo chegou a registrar temperaturas abaixo de 10º C. O poder público alega que a media vai coibir a  presença de traficantes no espaço.

Para evitar que novas moradias sejam instaladas, o tenente-coronel da PM Miguel Daffara disse ao jornal Folha de S.Paulo, que a corporação travará uma “batalha diária” no local. Os usuários que voltam à praça são obrigados a passar por uma revista e lonas, estacas e outros materiais que possam ser utilizados na montagem de abrigos improvisados é retido. 

Com o recolhimento das barracas da praça, algumas pessoas relataram que perderam seus pertences. “Perdi celular, relógio, documentos. Estava tudo dentro da barraca”, afirmou o dependente Isaias dos Santos, de 61 anos, à Folha.

Desde o dia 21, o governo Alckmin e a gestão Doria intervém com força policial na região central de São Paulo. No mês passado, os usuários foram expulsos com violência da esquina da rua Helvétia com a alameda Dino Bueno, e se mudaram para a praça Princesa Isabel, a cerca de 400 metros do local.

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