estado de exceção

MTST protesta em frente à delegacia pela libertação dos presos políticos

Na manhã desta terça-feira (2), os três militantes detidos foram conduzidos para o Centro de Detenção Provisória, onde aguardarão julgamento. Defesa pede habeas corpus

reprodução/MTST

Familiares e integrantes do MTST pedem a libertação dos presos políticos

São Paulo – Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) protestaram na manhã desta terça-feira (2) em frente ao 63º Distrito Policial (DP) da Vila Jacuí, zona leste da capital, contra a prisão dos três integrantes do movimento que foram detidos durante a greve geral da última sexta-feira. 

Também nesta manhã, os três militantes do MTST – Juracy, Luciano e Ricardo – foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória Vila Independência, na Vila Prudente, também na zona leste. “Já sou militante do MTST, agora vou ser mais ainda. Avisa para o pessoal que estamos bem”, disse um dos presos, ao entrar no camburão que realizou a transferência.  

Eles participavam dos protestos contra a reforma trabalhista e da Previdência, quando foram detidos, em Itaquera, e agora estão sendo acusados de incitação ao crime, incêndio e explosão. A prisão em flagrante, na sexta-feira, foi convertida em prisão preventiva pela juíza Marcela Filus Coelho, do plantão criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, que alegou “defesa da ordem pública” para mantê-los presos. A defesa tenta agora pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ-SP) do estado.

Ontem, durante atividades do 1º de Maio na Paulista, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, classificou as prisões como políticas“Eles estão detidos até agora e tiveram pedidos de liberdade negados por motivos esdrúxulos. por uma juíza que alegou defesa da ordem pública, o que é típico de um regime de exceção. São presos políticos da greve geral”, afirmou. 

Advogados do MTST rebatem as acusações. Sobre o alegado incêndio, que pesa sobre um deles, a defesa alega que nenhum pneu chegou a ser queimado na área em que foram detidos. Já os outros dois estão sendo acusados de terem lançado rojões contra policiais. E as palavras de ordem contra o governo Temer foram consideradas como incitação ao ódio. 

Todas as acusações são fundamentadas apenas nas palavras dos próprios policiais. Vídeo apresentado pela defesa dos militantes demonstra que o ato corria pacificamente no momento em que os policiais decidem atirar bombas contra os manifestantes.

 

 

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