Esquenta

Periferia da zona sul de SP protesta contra reformas de Temer e o desemprego

Na manhã desta quinta (27), sem-teto e indígenas fecham avenida no extremo sul da capital, antecipando a greve geral e alertando população local sobre os efeitos das reformas de Temer

Reprodução/Periferia em Movimento

Movimentos do zona sul de São Paulo fazem “esquenta” para a greve geral desta sexta-feira (28)

São Paulo – Integrantes do Movimento Luta Popular (MLP), que defende o direito a moradia, e indígenas protestam desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (27), na Avenida Teotônio Vilela, extremo zul de São Paulo, contra as reformas pretendidas pelo governo Temer e também contra o desemprego. 

Cerca de 500 manifestantes, que compõem a Marcha da Periferia Contra o Fim da Aposentadoria, a Terceirização e o Desemprego, fecharam parte da via na altura do quilômetro 28, sentido centro. Apenas os ônibus foram liberados para circular.

Segundo os manifestantes, a ação de hoje serve de “esquenta” para a greve geral convocada para esta sexta-feira (28), convocada por centrais sindicais e movimentos populares, com a adesão de diversas categorias e também para chamar a atenção das autoridades para a falta de assistência e infraestrutura na região do extremo sul da capital. 

“A gente quis chamar a atenção para a região do Grajaú, Varginha, Marsilac e Parelheiros, uma região bem precarizada. Somam com a gente os índios de Paralheiros e Marsilac”, afirma Sandra Barbosa, do Luta Popular.

Em nota, o Luta Popular critica a visão da sociedade sobre o papel da periferia e o atual cenário político brasileiro: “Enquanto padecemos, no andar de cima os ricos e os políticos, abraçados em notícias e mais notícias de propina e corrupção, vivem em jatinho para as viagens, pulseiras de diamante, lagosta e tanta coisa que a gente nem imagina o que é. (…) Somos nós, os mais lascados – os que já pouco ou nada têm – que pagamos com nossa fome, nosso sangue e nossas lágrimas, a opulência de meia dúzia” 

Como parte das mobilizações deste dia 28, os movimentos populares da zona sul esperam realizar grande manifestação no Largo do Socorro, na Capela do Socorro.