'Obsceno é o trânsito'

Pedalada Pelada expõe fragilidade dos corpos contra cultura da velocidade

No próximo sábado (11), várias cidades do país sediam a 10ª edição do Word Naked Bike Ride. Objetivo é incentivar meios alternativos e não agressivos de transporte

reprodução/twitter

Mais de 2 mil pessoas confirmaram presença no evento de São Paulo

São Paulo – “Vamos mostrar como ‘nus’ sentimos no trânsito! Obsceno é o trânsito!” A provocação é parte da convocação nas redes sociais para a 10ª Pedalada Pelada de São Paulo. O ato, realizado anualmente, será promovido no sábado (11), às 20h, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, e faz parte de uma campanha global de incentivo aos meios alternativos de transporte e de denúncia dos perigos no trânsito para os ciclistas.

Outras cidades, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, devem receber o ato na mesma data. Na página do evento paulistano criada no Facebook, são mais de 2 mil pessoas que confirmaram participação, além de 6 mil interessados. “Vamos mostrar a fragilidade de nossos corpos frente à violência do motor e da velocidade”, diz a organização, informando ainda que a nudez não é obrigatória.

Em outros países, o evento é conhecido como World Naked Bike Ride (WNBR). A pedalada mundial, que ocorre em cidades como Amsterdã, Londres e Nova York, será realizada no dia 24 de junho. A diferença do calendário diz respeito ao clima. A previsão do tempo para sábado em Nova York, por exemplo, é de 7º C negativos, visto que é inverno no hemisfério norte.

Menos é mais

“Nossa mensagem para o mundo é de simplicidade, harmonia e amor. Para que possa existir um futuro para as próximas gerações, temos que parar de desperdiçar a vida e a energia da Terra, parar de matar em nome do consumo exagerado e do acúmulo, e aprender a amar e respeitar todos os tipos de vida do planeta”, afirma o organizador da WNBR em Vancouver, Canadá.

A organização do WNBR lista motivos para a realização do evento. “Enfrentamos o tráfego automobilístico com nossos corpos nus e nossa melhor forma de defesa é expor a vulnerabilidade dos ciclistas e pedestres”, afirma. “Ao pedalar sem roupas, declaramos nossa confiança na beleza e individualidade de nossos corpos, e a bicicleta é o melhor lugar para construirmos a mudança por um futuro focado em sustentabilidade, comunidade e recreação.”

 

 

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