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Aumento das integrações de Alckmin e Doria sofre nova derrota no TJ-SP

Desembargador nega novo pedido de cancelamento da liminar que impede o reajuste nas integrações de Metrô e CPTM com os ônibus municipais e intermunicipais

Roberto Iizuka/Facebook

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, João Doria, sofreram nova derrota na Justiça devido ao aumento de preço das integrações no transporte público. Ontem (18), o desembargador Spoladore Dominguez, da 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), negou novo pedido de Alckmin para suspender a liminar que impede o reajuste das tarifas de trens e Metrô nos bilhetes integrados com os ônibus municipais de São Paulo e também com as linhas intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

O Movimento Passe Livre realiza hoje (19) manifestação na capital paulista em repúdio ao aumento da tarifa de integração metrô e ônibus, apesar das vitória parciais na Justiça em ações movidas por deputados do PT contra os reajustes. Na foto, o ato ocorrido na semana passada, com caminhada da Avenida Paulista em direção à residência do prefeito João Doria. O governo estadual está recorrendo das ações.

Na decisão, o desembargador sustenta que não há risco irreparável e prejuízo ao erário que justifique a elevação das tarifas. “Não se vislumbra a imprescindibilidade da atribuição do efeito suspensivo, mesmo porque, além da medida pretendida não se tornar ineficaz – caso deferida, apenas, quando do julgamento deste recurso – o alegado prejuízo ao estado (R$ 404 milhões, apenas no exercício de 2017) não se consolidará, de forma imediata, a curto prazo”, afirmou Dominguez em seu despacho.

O desembargador também considerou o impacto do aumento para o cidadão. “Diferentemente do que, a priori, ocorrerá com a parcela dos usuários, que serão diretamente afetados pelo reajuste tarifário”, destacou. No Metrô, o aumento afetaria 23,86% dos usuários e na CPTM, 19,68%. O mérito do agravo de instrumento ainda será julgado, com a participação de mais dois desembargadores na votação.

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