de quinta a domingo

Levante Popular reúne jovens em BH para preparar seminário nacional

Seminário nacional, também na capital mineira, vai homenagear a escritora Carolina Maria de Jesus e debater as crises política, social e econômica do país, de 5 a 9 de setembro

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Militância do Levante Popular da Juventude é presença constante em atos contra o golpe contra governo Dilma

São Paulo – O Levante Popular da Juventude realiza entre amanhã e domingo (21 a 24), em Belo Horizonte, seminário com 200 representantes de várias regiões para preparar as discussões de seu terceiro acampamento nacional, que será realizado, entre 5 e 9 de setembro, também na capital mineira, com o tema “A nossa rebeldia é o povo no poder”, inspirado na história de vida, de luta e resistência de Carolina Maria de Jesus. A expectativa é receber 7 mil jovens.

“Temer adotou uma agenda neoliberal e medidas antipopulares que vem atacando os direitos das trabalhadoras e trabalhadores e ameaçando a soberania nacional. É fundamental que a juventude, que sempre esteve presente nos processos de transformação social em todo o mundo, se organize para lutar em defesa dos direitos do povo brasileiro”, destaca a convocatória do movimento.

Para coordenadora do Levante Nataly Santiago, as elites e governantes do Brasil nunca foram capazes de pensar e concretizar um projeto de sociedade, algo que os jovens devem assumir a tarefa de construir. “Superar a crise política só será possível através de mudanças profundas no sistema político brasileiro. Além da necessidade da realização de reformas estruturais, como a reforma agrária, urbana, tributária, entre outras, para melhorar a vida do povo”, comentou.

Sobre a homenagem a Carolina Maria de Jesus, o movimento ressalta que a história é significativa na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.Mulher, preta, favelada, mãe, catadora de lixo e escritora. Foi moradora da favela do Canindé, em São Paulo, nos anos 50. Catava lixo como forma de garantir seu sustento e de seus três filhos. Escrevia sua experiência em diários, nos papéis que encontrava no lixo. Carolina utilizou os diários para falar das desigualdades sociais e sobre a condição humana”, descreve o Levante.

“É dessa mulher, que resistiu, lutou pra comer, pra viver, alimentar e manter vivos seus filhos, que morreu anônima como se não fora ninguém, que buscamos inspiração para resistir, organizar a juventude e lutar pela construção de uma nova sociedade, com novos valores e novas práticas, onde não haja exploradores e nem explorados”, diz o movimento.

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