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MPL acredita em forte mobilização contra aumento de tarifas

Para o Movimento Passe Livre, a grande adesão, especialmente dos moradores das periferias, estimulou os atos em 2013, e neste ano, não deverá ser diferente. Ativistas querem tarifa zero para todos

arquivo abr

Com as manifestações de junho de 2013, prefeito Haddad e governador Alckmin desistiram do reajuste

São Paulo – O Movimento Passe Livre (MPL) avalia que depende da adesão da população às manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus, trem e metrô – de R$ 3 para R$ 3,50 a partir de amanhã (6) – para que a mobilização, iniciada hoje, seja mantida. Segundo Marcelo Hotimsky, liderança no MPL, a massificação dos atos em 2013, especialmente dos moradores das periferias, estimulou a atividade, e neste ano, não deverá ser diferente.

“A nossa luta é a mesma: tarifa zero para toda a população. O passe livre para os estudantes foi dado como uma concessão, e não estabelecido como direito. Além de um ato no próximo dia 9, convocaremos outros pela revogação do aumento, por um transporte público universal. Quem fez o prefeito de São Paulo (Fernando Haddad) e o governador (Geraldo Alckmin) recuarem da decisão de majorar os preços em 2013 foi a população, não o MPL, e as coisas deverão caminhar da mesma maneira agora”, diz o ativista.

Nesta segunda-feira (5), o MPL promoveu em frente ao prédio da prefeitura, no centro de São Paulo, aula pública sobre o aumento, a perspectiva do movimento para um transporte público efetivo, além do passe livre para os estudantes anunciado pelo prefeito Fernando Haddad em dezembro e na sequência pelo governo do estado. Aproximadamente 50 pessoas participaram da discussão, que para o movimento serve também como um termômetro com a população sobre o sistema de transporte público.

“Na aula também ouvimos o trabalhador, o estudante, sobre como esse tipo de mudança (aumento) tem impacto no cotidiano. Ano passado, a prefeitura realizou um corte nas linhas, anunciado como melhoria e modernização, mas esse corte teve impactos negativos. As pessoas têm de andar mais até os terminais, inclusive os idosos, esperar mais tempo nos pontos de parada. Portanto, a aula é uma troca”, afirma Marcelo.

A aula é a primeira atividade do Passe Livre neste ano, e a perspectiva é fazer atos cadenciados em São Paulo nas próximas semanas. O primeiro deles está marcado para sexta-feira (9), com concentração às 17h, no Theatro Municipal, na região central. Na página do MPL no Facebook, pelo menos 28 mil pessoas já confirmaram presença no protesto.

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