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Para internautas, Haddad fala sobre gestão e garante cumprimento de metas

Mobilidade, planejamento, plano diretor e projetos futuros estão entre os temas de maior interesse dos participantes

ebc/memória

Haddad: “Em vez de insistir em indústria da multa, veículos poderiam insistir no respeito à legislação”

São Paulo – Temas polêmicos, como a ampliação da malha cicloviária nas periferias da cidade e a redução dos limites de velocidades nas vias da capital, inclusive nas marginais Tietê e Pinheiros, estiveram no centro do bate-papo virtual do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), com internautas hoje (6). Durante uma hora, por meio de um canal na internet, Haddad respondeu perguntas sobre mobilidade, planejamento, plano diretor, metas atingidas e expectativas para 2016, quando termina o seu mandato.

“Estamos chegando em praticamente todos os bairros. 400 quilômetros é um primeiro movimento, mas talvez São Paulo precise de uma malha na faixa de mil quilômetros para que todos possam andar com segurança”, disse o prefeito, sobre as ciclovias.

Ao apresentar resultados positivos quanto à redução de acidentes e do engarrafamento, após a redução da velocidade em importantes vias, Haddad criticou a postura da mídia tradicional. “Os veículos de comunicação poderiam ajudar, insistindo que todos devem respeitar a legislação, e não insistir na tese da indústria da multa”, disse.

Ele ressaltou que o interesse da prefeitura está na vida e não arrecadação. “Queremos que não haja infrações nem multas. As multas representam um valor pequeno diante do orçamento da cidade. Os custos de saúde associados às vítimas representam prejuízos superiores à arrecadação.”

Haddad declarou empenho no programa de proteção à vida, que deverá pautar o restante de seu mandato. “Toda a literatura acadêmica recomenda a redução de velocidade. Melhoramos a fluidez com a queda da lentidão e de acidentes. Isso melhora o ambiente urbano. Vamos seguir, e também adotar o programa de calçadas combinado com a arborização, representando um ganho para São Paulo.”

A rejeição dos projetos da prefeitura pelo Tribunal de Contas do Município também foi abordada. Para o prefeito, o comum é a notícia daquilo que não dá certo. “Mas a proporção é muito pequena perto do que está bem encaminhado por esse governo. Das licitações previstas, concluímos 80%”, argumentou.

De acordo com Haddad, a prefeitura está concluindo um plano arbóreo. “Uma das coisas que mais me inquieta, sobretudo na periferia, é a falta de árvores. Construímos um grupo, coordenado pela subprefeita Nádia Campeão, que propõe alternativas de plantio. Vamos dar início a 700 mil metros quadrados de novas calçadas aliadas ao projeto de arborização, além de projetos ousados como jardins verticais”, disse.

Plano de metas

Quando questionado acerca de metas não cumpridas, Haddad afirmou que das 123 metas presentes no programa, cem delas estarão concluídas integralmente e as demais, encaminhadas, até o fim do mandato.

“Existem metas muito ousadas, por exemplo, entregar três hospitais. Nenhum prefeito jamais fez isso. Vou entregar certamente o da Vila Santa Catarina e o de Parelheiros. Já o da Brasilândia sofreu atraso devido a um pacto com o Metrô para estabelecer as áreas destinadas a cada um”, disse sobre a conclusão das metas.

O prefeito ainda recordou que foram cumpridas ações que não estavam presentes no plano de metas. “Por exemplo, os estudantes, pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pediram o passe livre: 400 milhões de reais por ano. Cumprimos, pois achamos que a reivindicação era sensível. Foi bom para a cidade e bom para os estudantes”, concluiu.

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