Banco da Providência forma 476 famílias em comunidade da zona norte do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – O Banco da Providência promoveu nesta quarta-feira (1º) em Acari, zona norte do Rio de Janeiro, a formatura de 476 famílias em cursos profissionalizantes. Essa é […]

Rio de Janeiro – O Banco da Providência promoveu nesta quarta-feira (1º) em Acari, zona norte do Rio de Janeiro, a formatura de 476 famílias em cursos profissionalizantes. Essa é a primeira etapa da formação de comunidades que registram o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município. Elas também vão passar por outros cursos para se inserirem no mercado de trabalho.

Cerca de 2 mil famílias passam pelos cursos anualmente, para geração de renda. A atividade é desenvolvida nas 104 comunidades mais empobrecidas da cidade.

Segundo a superintendente do Banco da Providência, Clarice Linhares, podem participar do programa famílias, com pessoas em idade produtiva que possam ser potencializadas para gerar renda e morar na comunidade. “É um trabalho que começa com a parte do direito, de cidadania, passa pela capacitação de pessoas que não têm uma profissão ou precisam fazer uma reciclagem e culmina na geração efetiva de renda. A meta é que essas famílias consigam superar a situação de pobreza extrema.”

A dona de casa Ana Cristina de Souza, de 42 anos, moradora de uma comunidade de Irajá, perto de Acari, é uma das formandas. Na segunda etapa do curso, ela vai se especializar na atividade de escoteiro e defendeu que os cursos sejam expandidos para todas as comunidades carentes.

“Esse trabalho aumenta nossa autoestima. Estamos alcançando aquilo que estávamos almejando (que é conseguir um emprego), pois isso acho que deveria abrir para mais pessoas, para que todos tenham essa oportunidade.”

O programa foi implantado em 2003. Cada Agência trabalha com 40 famílias por semestre. A estimativa da instituição é que cerca de 5.760 crianças, jovens e adultos sejam beneficiados.

“Fazemos cursos o ano todo para lideranças comunitárias. Usamos a capilaridade da Igreja, que está presente em todas as comunidades, e capacitamos esses líderes para que eles consigam detectar nas comunidades as famílias que têm esse perfil de pobreza extrema”, explica Clarice Linhares.

As regiões de maior concentração do programa são as zonas da Leopoldina e norte do Rio, onde tem comunidades como Costa Barros, cujo IDH é mais baixo da cidade. A zona oeste também conta com grande presença dos agentes devido à falta de serviço público.

O Banco Providência é uma organização sem fins lucrativos fundada por dom Hélder Câmara em 1959. Surgiu com o objetivo de reduzir a desigualdade social e promover o desenvolvimento humano de famílias em comunidades pobres por meio do fortalecimento de suas lideranças e capacitação de famílias para o trabalho.

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