Deputados argentinos aprovam casamento entre pessoas do mesmo sexo

Brasília – A Argentina é o primeiro país da América Latina a adotar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (5) […]

Brasília – A Argentina é o primeiro país da América Latina a adotar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (5) o projeto encaminhado pelo Senado argentino que ficou conhecido como casamento gay. O projeto garante também o direito de casais de mesmo sexo adotarem crianças

Foram mais de 12 horas de debates. O resultado foi de 126 votos favoráveis, 109 contrários e cinco abstenções. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam.

O próximo passo cabe ao Senado que deve elaborar uma proposta para assegurar a concessão de  benefícios, como pensões, licenças especiais e extraordinárias, abonos de família e cobertura do trabalho social e adoção, dentre outros direitos aos casais do mesmo sexo.

A discussão em torno do tema gerou uma série de polêmicas. A Conferência Episcopal da Argentina avaliou como “muito grave” a aprovação da proposta. “Os bispos como um todo reafirmam não concordar com este projeto pois não prevê para o bem comum ou favorável ao fortalecimento da família na Argentina”, disse o porta-voz de imprensa do Episcopado Jorge Oesterheld.

Já o coordenador da Comunidade Homossexual Argentina, Pedro Paradiso Sottile, disse que a sessão que aprovou a proposta foi “histórica para a democracia”, pois garante a proteção jurídica e social para todos os casais independentemente de sua orientação sexual.

José Maria Di Bello, que integra a Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (FLGTB) concordou com Sottile. Di Bello, que se casou com Alex Freyre, foram os primeiros homessexuais a formalizar a união com base na legislação em vigência sobre a união civil.

Antes da Argentina, na Cidade do México, houve celebrações públicas de várias uniões civis de pessoas do mesmo sexo, mas a lei vale apenas na capital mexicana.

Fonte: Agência Brasil

 

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