MP pede suspensão de venda de brinquedos em lanchonetes
Procurador do Ministério Público Federal em São Paulo afirmam que as promoções com brinquedos provocam criação abusiva de associações emocionais
Publicado 16/06/2009 - 10h32
São Paulo – Acusando a venda de brinquedos com lanches em redes de fast-food de levar crianças a criar maus hábitos alimentares, um procurador entrou com uma ação nesta segunda-feira pedindo a suspensão de tais promoções em todo o país nas redes que incluem o McDonald’s e Burger King.
O pedido foi feito em meio à preocupação global sobre a ligação entre fast-food e doenças como a diabetes e enquanto o Congresso norte-americano considera exigir que as redes de restaurantes exibam a quantidade de calorias em seus cardápios para ajudar a combater a obesidade endêmica.
O procurador Marcio Schusterschitz, do Ministério Público Federal em São Paulo, disse que as promoções com brinquedos levam crianças a comprarem alimentos altamente gordurosos pela “criação abusiva de associações emocionais” que as transformam em adultos consumidores de alimentos gordurosos.
Um juiz deve primeiro decidir se levará adiante ou não o processo contra a venda de brinquedos e refeições que incluem hambúrgueres ou nuggets de frango, batatas-fritas e refrigerantes feita pelo McDonald’s, Burger King e Bob’s.
“É preciso remover os brinquedos que são usados para alavancar a venda de comida que tem pouco valor nutricional”, disse o pedido. “As refeições oferecidas são promovidas com o objetivo claro de aumentar o consumo juvenil de fast-food”.
Um porta-voz do procurador disse que tentativas anteriores de regular os brindes em restaurante de fast-food, incluindo a venda separada dos brinquedos, reduziu o marketing das redes.
A Reuters não conseguiu contato com representantes das redes para comentar o processo.