Comemorações de aniversário do Rio oferecem passeios históricos, shows e debates

Rio de Janeiro – Os 445 anos da “muy leal e heroica cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro”, nome oficial que recebeu no ato da fundação, em 1º […]

Rio de Janeiro – Os 445 anos da “muy leal e heroica cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro”, nome oficial que recebeu no ato da fundação, em 1º de março de 1565, são comemorados hoje com festas, passeios e reflexões em vários pontos da chamada “cidade maravilhosa”, apesar da chuva fina e insistente que cai desde a madrugada e empresta à cidade o ar paulistano de “terra da garoa”.

Programações a céu aberto desafiam o mau tempo desde a manhã, quando aconteceu o primeiro de três passeios histórico-culturais pelos bairros do Centro, Catete, Glória e Flamengo. Coordenados pelo professor João Baptista Ferreira de Melo, do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), os roteiros feitos a pé facilitam o conhecimento de um pouco da história da cidade.

O primeiro roteiro incluiu as igrejas do Centro do Rio, partindo da Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. O segundo contemplou os principais pontos turísticos e históricos dos bairros do Catete, Flamengo e Glória, e o último, à noite, prevê a observação da arquitetura colonial e suas transformações ao longo do tempo e a iluminação da cidade.

O ponto alto das festividades ao ar livre, no entanto, está marcado para longe do centro e dos bairros históricos. A partir das 18 horas, no coração da Cidade de Deus, o espaço conhecido como Campo do Karatê será o palco da apresentação gratuita de Gilberto Gil, sua filha Preta Gil, Maria Gadu, MV Bill e o Grupo Revelação.

Promoção conjunta da Riotur, Globo Rio e Central Única das Favelas (Cufa), o show tem um segundo significado, além da comemoração do aniversário, marca também a ocupação da Cidade de Deus por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em fevereiro, celebrizado como um dos bairros cariocas mais violentos.

Desde então, a Cidade de Deus experimenta a presença crescente do Estado, por meio dos serviços públicos e dos programas sociais oficiais e ainda da oferta de serviços particulares regulares, como televisão por assinatura, entrega de gás e outros.

Longe das ruas, no Centro de Convenções Sul América, próximo à sede da prefeitura, na região central da cidade, o “Pacto Carioca – o Rio que queremos para 2020” propõe, como sugere o título, a discussão sobre o futuro, partindo dos problemas atuais da cidade.

Promovido pela Câmara Municipal, pela Fundação Getulio Vargas (FGV Projetos) e pelo Instituto Pereira Passos, da prefeitura carioca, o seminário reúne desde a manhã políticos, autoridades municipais, técnicos do governo e de instituições particulares, em torno de uma pauta abrangente.

A socióloga, historiadora e vereadora Aspásia Camargo (PV), há meses debruçada sobre os temas do seminário, esteve à frente do processo que resultou no Pacto Carioca, em seguidas reuniões na FGV Projetos e participa de toda a programação, aberta efetivamente com o Painel 1: Rio Sustentável, seguido do Painel 2: Habitação e Transporte. Cada painel incluiu mesas de discussões sobre temas específicos, como turismo, habitação, economia, sociedade, meio ambiente entre outros assuntos.

Fonte: Agência Brasil