Os segredos de Gilmar Mendes na briga com o sócio

A história levantada por Leandro Fortes na edição de capa da revista Carta Capital pipocou esta semana no noticiário. Desta vez em O Globo, Elio Gaspari reconta a história como […]

A história levantada por Leandro Fortes na edição de capa da revista Carta Capital pipocou esta semana no noticiário. Desta vez em O Globo, Elio Gaspari reconta a história como quase uma cópia das informações publicadas por Fortes. Curiosamente, o texto de Gaspari tem uma manchete afirmativa: “Apenas uma briga feia de sócios”. Porém, no texto, o jornalista diz que “também fará bem (ao ministro Gilmar Mendes) se pedir à Justiça que levante o segredo em que correu o litígio com o ex-sócio e ex-procurador-geral da República, Inocêncio Mártires Coelho”.

Mais acurado, Fortes conseguiu da assessoria do Instituto Brasiliense de Direito Privado (IDP) a informação de que o acordo produzido na Justiça para que Coelho desistisse do processo custou R$ 8 milhões e 1, o que teria sido pago com um empréstimo bancário. Fortes questiona como uma empresa em fase pré-falimentar poderia levantar esse empréstimo bancário. A questão merece ser investigada pelo Conselho Nacional de Justiça, especializada em apurar condutas de juízes e dos tramites processuais em todas as instâncias.

O ministro do STF, Gilmar Mendes, era sócio do ex-procurador geral no IDP, que mantinha convênios com a Câmara dos Deputados, Ministério do Trabalho e Emprego, OAB do Piauí, associações e sindicato de servidores para realização de cursos e conferências. No texto de Carta Capital, “a escolinha do doutor Gilmar”. No texto de Gaspari, um “educandário comercial”. Coelho resolver processar Gilmar pelo excesso de retiradas para cobrir festas e jantar, enquanto Mendes se considerava nesse direito por ser um “garoto propaganda” para os convênios na condição de ministro do STF.

Logo após a abertura do processo, Mendes conseguiu que o processo tramitasse em segredo de justiça temendo a revelação das acusações do ex-sócio. Embora seja um ministro do STF, ainda mantém esse sigilo dos autos e agora da origem dos R$ 8 milhões pagos no acordo.

Leia também

Últimas notícias